A exceção
Certa vez, um hoteleiro me disse que restaurante nenhum de hotel é sucesso de público, por razões diversas. Claro que há exceções, mas no caso de Porto Alegre, com raros que deram certo, mas por tempo limitado, corresponde à verdade. O que dava certo na Capital gaúcha eram os bares dos hotéis, quando eles se concentravam basicamente no Centro da cidade. E não só para hóspedes, of course.
Eram ótimos os bares do Plazinha, na rua Senhor dos Passos; o bar do City Hotel; do Alfred Porto Alegre, com o estupendo Tyffani’s, imitando a decoração do Harry’s de Veneza, que teve morte matada porque o gerente de então não gostava de bares; o bar do City Hotel; o do PH, Pretto Hotel, na Salgado Filho, prematuramente falecido. Nele teve um tiroteio em que morreu um cliente, briga por motivos de inimizade extrema e civilidade inexistente.
O snackbar Do Plaza São Rafael nunca disse a que veio, salvo quando se localizava na entrada, logo depois da inauguração, em 1973. O barbado Everest nunca pretendeu ser gente grande, coisa que o bar do Embaixador Hotel quase conseguiu. E, claro, tinha a segunda divisão, como o do Lido Hotel, na Andrade Neves. Pequeno, mas esforçado, mas com aquelas mesas de tampo de fórmica, meu Deus.
O que nunca entendi é como o Everest Hotel, que está aí vivo e forte, nunca tentou seriamente tornar o seu restaurante, na cobertura uma referência em Porto Alegre, ou terceirizá-lo. A vista é espetacular em todas as direções, além de ficar na parte alta da cidade, a rua Duque de Caxias. Tem um, mas, só oferece o básico. Quando digo que nunca entendi é porque nele e perto dele existe algo fundamental: estacionamento.