Os miseráveis
Eu e pelo menos um milhão de pessoas mais sabíamos, ao longo do tempo, que, mais dia menos dia, o Estado do Rio Grande do Sul entraria em bancarrota. Nos idos de 1967 fiquei impressionado quando o então secretário da Fazenda, Nicanor Kraemer da Luz, convocou uma coletiva para dizer que estava alarmado com a relação arrecadação/folha de pagamentos, e olha que o Estado ainda podia investir muito mais que os miseráveis 3% de hoje.
Agora o governador José Ivo Sartori anuncia um severo pacote do tipo dá ou desce. Vai ser deformado na Assembleia Legislativa, podes crer. Corte de pastas, secretarias e fundações. Destas, não quero saber porque serão cortadas, quero saber porque foram criadas. O resto é choro e ranger de dentes, como convém numa terra de pelados metidos a ricos.