As voltinhas do Barão

27 set • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em As voltinhas do Barão

A separação dos poderes como enunciada pelo Barão de Montesquieu – Executivo, Legislativo e Judiciário – não é bem assim no Brasil. Além desses três, temos um quarto poder e não falo da imprensa. É o STF. Quando o Legislativo – o Congresso Nacional –não consegue resolver broncas internas, apela para o Supremo Tribunal Federal. O autor da Defesa do Espírito das Leis deve estar dando voltas no túmulo, na Igreja Saint-Sulpice, em Paris.

Mundo, triste mundo

A excelente jornalista Luciana Gurgel @lcnqgur, que escreve para o site Jornalistas & Cia,  produziu o texto abaixo, daqueles que deprimem jornalistas que veem a deterioração do jornalismo no mundo.

A edição do tabloide The Sun publicada em 17/9 colocou novamente em pauta o desafio de encontrar os limites entre notícias de interesse público e privacidade de pessoas famosas. O alvo foi um dos mais populares atletas do Reino Unido, o jogador de críquete Ben Stokes, que brilhou na última copa do mundo da modalidade e ajudou a conquistar o título para o time inglês.

Lendo a manchete pode-se ter a impressão de que o assassinato de dois meio-irmãos pelo próprio pai tenha sido recente. E isso certamente ajudou a vender jornais e a elevar os índices de leitura da edição online. Mas não foi bem assim. A tragédia familiar ocorreu há mais de 30 anos. Os meio-irmãos foram assassinados na Nova Zelândia, pelo ex-marido da mãe do atleta.

Uma história tenebrosa, mas que não envolveu diretamente Stokes, que viria a nascer três anos depois.

Exce…o quê?

Um grupo de deputados federais da oposição anunciou que quer excluir o “excedente de ilicitude” do pacote anticrime do ministro Sérgio Moro. Obviamente, até as galinhas do aviário sabem que bicho é esse. Idem o clássico “popular” de subúrbio. Imagina a cena, alguém entra num pé-sujo falando para o bodegueiro que ele é a favor do excedente de ilicitude enquanto bebe um liso de canha.

Vida de cachorro de madame (*)

Andando pelas ruas de Porto Alegre, observei algo que chamou a minha atenção. Na calçada, uma senhora levava pela coleira o seu cachorro. Em umas das mãos, a coleira e plástico para coletar as necessidades; na outra mão, o celular, que lhe roubava a atenção.

Entre conversas e aplicativos, andava com seu cachorro, sem de fato se preocupar com o animal. Que dificuldade, o cão se preparava para o “dois” e era puxado para um lado. Lá adiante, quando se preparava para o número “um”, levava um grande puxão pelo pescoço, que o xixi chegava a escrever um “z” pelo chão.

Em um dado momento, rolou um estresse com alguém com quem ela estava conversando ao celular. Em decorrência do fato, o pobre cachorro, quase morreu enforcado. Então fiquei pensando: cachorro de madame também tem dia de cachorro.

(*) Colaboração de Osni Machado

Ação e prevenção

Uma das maiores autoridades sobre câncer de mama no Brasil, a gaúcha Maira Caleffi, apresentou sua experiência em Porto Alegre em um painel da 74ª Conferência Geral da ONU, em Nova Iorque. Ao lado de outros líderes mundiais da saúde, ela falou sobre como governos devem priorizar o diagnóstico e o tratamento da doença. “Precisamos criar modelos de saúde eficientes, adaptados a cada realidade, que possam reduzir o impacto do câncer nas cidades e no mundo”, destacou a chefe do Serviço de Mastologia do Hospital Moinhos de Vento e presidente da Femama.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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