As italianas

30 jul • A Vida como ela foiNenhum comentário em As italianas

O apresentador Amaury Jr. entrevistou a atriz Sophia Loren, que foi ao ar no sábado de noite. Aos 83 anos, ela ainda mostra os traços da beleza que já se foi, e ela falou sobre isso, de estar na terceira idade. Ao ser questionada se existiria alguma atriz que poderia ser a nova Sophia Loren, a musa respondeu: “Não sei, sou única”. Boa de cabeça ela está.

O auge da atriz italiana foi nos anos 1950/60 até meados dos 70, com uma Sophia mais madura, mas ainda o protótipo de mulher voluptuosa, que era o sonho de consumo desse tempo, mulheres com peitos de matrona exalando sexo, na época em que a luxúria era pecado mortal. Lembro quando ela casou com o seu produtor, o também italiano Carlo Ponti, um baixinho barrigudo e aparentemente desprovido de maiores talentos exceto o de ser muito rico.

Nos nossos verdes anos, ficamos chocados com o casamento deles. “Como é que pode?”, repetíamos todos. Hoje, não discuto gosto e nem conceito de beleza. Como diz um antigo brocardo, quem ama o feio bonito se lhe parece. Logo, quem sou eu para discutir beleza. Mas, na época, doeu muito, podem crer. Outra italiana que rivalizava com ela e, para meu gosto, era muito mais bonita e sexy, foi Claudia Cardinale, também atriz. Até andaram se bicando na disputa por beleza.

Não faz muito, faleceu um grande amigo meu, cujo nome não declino porque a família dele pode não gostar. Mas ele era um homem muito atraente e, nos anos 1960, conheceu (depois intimamente) La Cardinale na feijoada dos sábados do Copacabana Palace, no Rio. Certa vez, há muitos anos, perguntei como ela era na cama. Em respeito à Cardinale desta vez, digo apenas que meu amigo fez aquele gesto “mais ou menos” com a mão.

Esse negócio de mulher pobre casar com feio bonito e homem pobre casar com mulher repito apenas uma frase do imortal Nelson Rodrigues:

– O dinheiro compra até amor sincero.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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