As escolhas

21 nov • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em As escolhas

Há dias, fiz um comentário na Pg.3 do Jornal do Comércio falando que Jair Bolsonaro estava se revelando rápido em compor nomes de reconhecida capacidade para o primeiro escalão, o que desencadeou fúria em um leitor petista. Que nada, disse ele, me diga qual nome de reconhecida competência que ele buscou?

O mau conselheiro

O problema de viver no mundo da Lua ideológico é esse. Você não enxerga mais a Terra. Não se faz política com o fígado. Ora, como que o capitão não aglutinou nomes acima de qualquer suspeita? Um dos mais antigos e sábios conselhos jornalísticos é que nunca se deve brigar com a notícia, que é o que muita gente está fazendo.

Os titulares do ritmo

Ontem mesmo, Sérgio Moro – aliás, deixá-lo livre para formar sua equipe sem interferência foi um belo lance – escolheu um especialista em crime organizado como chefe da Polícia Federal, o delegado Maurício Valeixo. Então, não brigue com a notícia, meu caro. Foi uma ótima escolha, assim como a do próprio Moro foi, e como outros titulares para a área econômica e financeira sem que se ouvisse um comentário desabonador.

A arte de secar

Até mesmo alguns articulistas de grandes jornais estão perplexos com o modo Bolsonaro de montar equipe. O espírito da escrita os trai. A esperança era que o presidente eleito botasse os pés pelas mãos e nomeasse apenas militares furibundos e com aqueles óculos escuros enormes que eram usados pelos militares do regime militar. E agora, o que vou dizer em casa?

Grid de largada

Claro que escolher bons nomes é apenas um bom início, e que até as engrenagens se encaixarem vai um bom tempo, mas, pelo que vejo, o conceito de administrar do capitão surpreende. Então fica no ar a pergunta: e se Bolsonaro fizer um bom governo?

Motor e mecânicos para vencer a corrida ele tem.

Sob nova direção

camara

A Câmara de Vereadores de Porto Alegre completou 245 anos este ano. De lá para cá, apenas três vereadoras foram presidente da instituição: Margarete Moraes, Maria Celeste e Sofia Cavedon, ambas do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 2019, a Câmara voltará a ser comandada por uma mulher, a vereadora Mônica Leal, do Partido Progressistas (PP).

Foto: Elson Sempé Pedroso

Ponto de ruptura

Estávamos eu e meu filho conversando sobre combustíveis quando ele me chamou atenção para um detalhe. Com o preço que está a gasolina, não tem como alguém com salário médio ir de casa para o emprego todos os dias. Fica economicamente inviável. Se aqui é assim, imagina em cidades como São Paulo.

Como era verde meu vale I

Não saberia dizer a média em que isso ocorre, a quilometragem-limite para desistir do caro e apelar para o transporte coletivo, mas acredito que seja em torno de 400 quilômetros por mês, tomando como base um salário familiar menor que R$ 4/5 mil mensais ou até mais dependendo do número de filhos e custos fixos.

Como era verde meu vale II

Por que há 15/20 anos não era assim? Porque o teu custo fixo mensal era condomínio, luz, telefone fixo e pouca coisa mais. Hoje tem tudo o que se sabe, banda larga, TV a cabo, celular etc.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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