Ardor petista fenece

16 abr • NotasNenhum comentário em Ardor petista fenece

O terceiro dia

     Como previsto, o ardor da militância petista no Gólgota carcerário da Polícia Federal de Curitiba vai fenecendo aos poucos. Certamente, restarão fiéis recalcitrantes e amigos mais chegados até sua saída, sabe-se lá quando. Acredito que não demora muito. Como já passaram-se três dias da sua crucificação – segundo a militância – e ele não ressuscitou, resta saber se ele subirá aos céus eleitorais mais adiante.

A teologia do poste

     Sempre se disse que Lula é capaz de eleger um poste, tese confirmada quando da eleição de Fernando Haddad, como prefeito de São Paulo e com a sucessora. A aprovação de Haddad ao final era quase igual a de Michel Temer agora. Como ele é cogitado com poste para outubro, seria bom passá-lo em uma autoclave, onde os postes de verdade são submetidos a um tratamento químico sob alta pressão para prolongar sua vida.

O estepe vazio

     Cogitado para substituir Lula, caso ele não possa disputar a eleição, o ex-prefeito governador Jaques Wagner é um dos ausentes mais ilustres da via crucis curitibana. Nem em São Bernardo do Campo esteve, alegando outros compromissos, muito menos no cerco de Curitiba. Se esteve, não foi ouvido nem cheirado. Sem falar que está nominado na Lava Jato.

Segredos intestinos

Quando e se a imprensa se debruçar sobre a cizânia das várias correntes internas do PT, o capítulo Vagner merece uma boa análise. O que terá havido para ele esfriar ou ser resfriado é uma boa questão. Ou então ele submergiu para evitar o contágio, coisa improvável. Mas esse nosso mundo está cheio de improbabilidades prováveis.

O Ursinho Trump

     Donald Trump está enchendo a Síria de mísseis, ele e seus colegas europeus. Desta vez, ele está do lado dos mocinhos, mas nem por isso a mídia reconhece sua ação do bem. Trump até cobrou um agradecimento.

Nem contra nem a favor…

     …antes bem pelo contrário. Não dá para entender O Globo. Como é sabido, o jornal não tem um editorial clássico, mas pequenos textos sobre vários assuntos distribuídos ao longo da edição. Semana passada, publicou um suelto, como é chamado no jargão jornalístico, em que defende a tese de conspiração contra Lula.

Filme antigo

     Querer ficar bem com todo mundo costuma dar efeito contrário, o de não ficar bem com nenhum dos dois lados.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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