Aqui jaz
Literalmente. Reuni uma divertida série de epitáfios na web. No do hipocondríaco, “Eu não disse?”. No de um espírita “Volto já”; no do internauta “http://www.aquijaz.com.br/”; no do arqueólogo, “Enfim, fóssil”. Tem alguns bonzinhos, como de um PM: “Tá olhando o quê? Circulando, circulando…”, do funcionário público “É no túmulo ao lado” e da sex symbol “Agora, só a terra vai comer”.
Para encerrar escolhi duas, a do enólogo e a do advogado. O cara do vinho teria o epitáfio mais longo, ”Cadáver com retrogosto de formol e notas de terra molhada e ramos de cipreste”. No original não é assim, eu melhorei um pouco o texto. Aqui o especialista em lápide sou eu. A outra é do advogado: “Vou recorrer!”.
Como no Brasil existem 32 (ou seriam 36?) recursos possíveis, sem falar nos pedidos de vista e outros adiamentos legais, cheguei à conclusão de que advogado pode ser imorrível. E recolhendo à idade dos patriarcas da Bíblia e dentro deste raciocínio, talvez Noé (950 anos) e Matusalém (969 anos) fossem advogados. E só morreram porque o último recurso transcorreu em julgado porque o advogado dos advogados perdeu o prazo.