Amor de camarão
Maior plantador de soja do mundo ao seu tempo, Olacyr de Moraes ganhou muito dinheiro e também gastou, e ainda gasta, muito dinheiro. Entre seus hobbies um conjunto renovável de sete ou oito belas mulheres que o acompanhavam para onde fosse. Entrava nos hotéis com seu séquito sem dar pelota para críticas.
Certa vez, ele foi entrevistado por um programa de televisão, e uma das perguntas foi feita por uma repórter presente no estúdio. Ela perguntou se Olacyr não se envergonhava de ter um harém de mulheres que não o amavam, que estavam com ele só pelo dinheiro. Do alto dos seus sapatos com sola dupla para aumentar um pouco a sua altura, o Rei da Soja devolveu com juros e correção.
– Olha, moça, eu gosto muito de camarões, mas se eles entrarem na minha boca não fico perguntando se eles me amam.