Amaro Juvenal sabia das coisas

13 jan • A Vida como ela foi2 comentários em Amaro Juvenal sabia das coisas

O povo é como o boi manso,
Quando novilho atropela,
Bufa, pula, se arrepela,
Escrapeteia e se zanga;
Depois. . . vem lamber a canga
E torna-se amigo dela.

Este é um dos versos de uma das melhores coisas já escritas nesta Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, o poemeto campestre “Antonio Chimango”, ou o então presidente do Estado Borges de Medeiros. O autor, que usou o pseudônimo de Amaro Juvenal, foi Ramiro Barcellos. Procurem nos sebos de preferência; em último caso, na internet. Quase todas as edições são antigas, portanto tem cheiro (bom) de livro velho. Como hoje em dia, certo? Aqui vai o verso final.

Home é bicho que se doma
Como qualquer outro bicho;
Tem às vezes seu capricho,
Mas logo larga de mão;
Vendo no cocho a ração,
Faz que não sente o rabicho.

Como as coisas não mudam. Não é mesmo?

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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2 Responses to Amaro Juvenal sabia das coisas

  1. jose disse:

    PermitE-me replicar trechos de seu blog no facebook? Como os devidos créditos, claro.

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