Ainda não comemos carne de cavalo podre

6 abr • A Vida como ela foiNenhum comentário em Ainda não comemos carne de cavalo podre

Quando o Brasil entrava em uma fase turbulenta, meu pai, que nasceu na Alemanha, sempre dizia que nós jornalistas usávamos demais a palavra crise. Crise, dizia, é comer carne de cavalo morto quase podre. Crise é quando se precisa ferver solas de sapatos ou botas, por horas, para extrair alguns gramas de proteína.

Não falava em vão. Ele lutou na I Guerra Mundial – eu disse primeira – a bordo de um caça-minas da Marinha Imperial alemã. Quando terminou a guerra e voltou para casa, foi essa a realidade que viu. Por isso, veio para o Brasil.

Desta vez, vivemos uma crise de fato. Mas ainda não comemos carne de cavalo podre.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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