A volta do serigote

17 jul • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em A volta do serigote

O que é a idade. Estão tirando meus divertimentos um após o outro. Agora vem essa coisa de impedir, a pedido, o recebimento de ligações de operadores de telefonia. Mas que côsa, seu, como se diz lá no Alegrete. Quem vai substituir as pegadinhas que eu fazia com as atendentes, tipo dizer que eu era funcionário de outra operadora? Ou perguntar se ela já havia sentado na volta do serigote chapeado sem virola?

O CAPRICHO NA VIROLA

Ah, você acha que a ofendi? Nada disso, meu e minha. É simplesmente sentar em uma sela de montaria cuja parte dianteira o seleiro decorou com uma chapa de latão polido sem tachas a sustentá-la. Coisa inocente, orgulho de quem quer montar um bom cavalo com uma sela feita no capricho. E você aí já pensando besteira.

SÓ DÓI QUANDO RIO

Fato é que está difícil se divertir hoje em dia. Ainda bem que temos o governo. Acredito que toda a Constituição que se preze deveria ter como cláusula pétrea a obrigação de fazer rir. É a vingança do povaréu. Rir sempre foi o melhor remédio.

À PROCURA DA SERIEDADE

Olhei com cuidado todos os jornalões. Nenhum assunto sério. Todos tratam de assuntos risíveis, se não pelo conteúdo, pelo efeito. E olha que procurei. Tirando o obituário, nenhuma novidade no front. Uma vez que outra, o horóscopo deixa a galhofa do lado e larga um diagnóstico não-risível. Mas na maioria das vezes é bom de rir, se bem que é a mesma piada sempre.

LEIS HOROSCOPIANAS

Por exemplo, quando para um determinado signo há o alerta “cuidado com os falsos amigos” hahaha. Ou o indefectível “hoje você terá a sorte do seu lado”. Termina o dia e a marvada não apareceu, mas nem por isso os crédulos deixam de ler os prognósticos astrais todos os dias.

MOMENTO COXINHA

Leio em um e-mail recebido que novos sabores de coxinhas chegam para esquentar o inverno. Pernil, carne seca, costela e quatro queijos agora fazem parte da família da Carol Coxinhas. Primeiro, eu sempre achei que coxinha era só de galinha, mas agora fiquei sabendo que costela também tem coxinha, e o boi ora vejam só, não tem mais coxão, nem de fora nem de dentro. Devem estar poupando as galinhas. Seja como for, eu adoraria ver as coxinhas da Carol.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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