A volta

15 jan • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em A volta

Depois de um início de mandato claudicante em que se notabilizou por dar murro em ponta de faca, especialmente com a Câmara de Vereadores, o prefeito Nelson Marchezan viu que o caminho das pedras poderia ser percorrido de outra forma. Suavizou seu ímpeto, passou a conhecer melhor os problemas de Porto Alegre, melhorou a área Comunicação, terrível no primeiro ano. E, em vez de apuros, colhe até pedidos de autógrafos, como os das mulheres da foto. E tapou muitos buracos cidade afora, um dos maiores tira-votos que existem.

Foto: Jefferson Bernardes 

Por falar em comunicação…

…uma coisa é definitiva em matéria de assessorias de imprensa de governantes: só mandar releases é equívoco. E o assessor de imprensa precisa ter experiência de redação. É meio caminho andado. Não botar, é perigoso. Eu poderia dar aulas, escrever livros e dar palestras sobre esta temática.

Idoso é a mãe

Idoso de 61 anos foi encontrado morto devido aos temporais e alagamentos que atingiram o município de Alegrete (RS). Saiu na ZH. Se existe uma definição que me irrita e chamar alguém com 61 anos de idoso. Só pode partir de alguém da geração dente-de-leite. Com 60 anos você está no auge da capacidade intelectual, salvo os desistentes. Idoso ou velho é quem para de trabalhar, crianças.

Bonificação por volume

Uma informação do jornalista Carlos Brickmann no seu blog Chumbo Gordo causa urticária no mundo publicitário. Ele conta: “Há dias Jair Bolsonaro falou num tema que ameaça não apenas a Globo (embora possa ser a principal vítima), mas todo o setor de TV. O tema é a BV – Bonificação de Volume, uma remuneração extra, mas legal, paga conforme o volume de compras de publicidade de cada agência, sem que o cliente seja informado”.

“A BV estimula a agência a anunciar em quem remunera melhor o volume. Funciona como esse sistema de acumular pontos em compras, só que é para valer: quem põe mais anúncios, sejam quais forem os clientes, ganha mais. O veículo fatura o valor do anúncio em nome do anunciante, que paga a porcentagem combinada à agência. E a agência recebe o por fora, com nota fiscal, tudo certinho. Sem a BV, muda tudo, inclusive a análise de onde colocar os anúncios dos clientes”, afirma o jornalista.

Segundo Brickmannm, algumas agências, graças à BV, preferiram oferecer seus serviços de graça. Nada recebem dos clientes, mas a BV lhes dá bom faturamento. Há alguns anos, o Ministério Público quis agir contra a BV: achava que, se o veículo devolvia parte do que lhe foi pago, isso deveria ser entregue ao cliente, não à agência. As agências brigaram e ganharam.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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