A travessia do rubicão
O Rio Rubicão foi cenário de árdua batalha das tropas do imperador Júlio César. Por isso, até hoje, diz-se que atravessá-lo é caminho sem volta. Embora não seja imperador e muito menos Júlio César, Bolsonaro dá a impressão que pretende atravessar o estreito riacho da constitucionalidade. Militar que é, sabe muito bem que há momentos em que se bivaqueia e não se atropela o cavalo.
A VEZ E A HORA
Cheguei a pensar que existem condições para impedir o presidente, mas os fatos e entrevistas até de inimigos declarados contra o processo me fizeram mudar da certeza para a incerteza. Lula e seus principais aliados e advogados acham que não seria bom para o Brasil, sem falar nos sábios constitucionalistas que pensam assim. Incluindo as lideranças do Congresso.
No caso da esquerda, principalmente o PT, os oráculos desse time sabem que não estão com essa bola toda. Um movimento dessa magnitude poderia piorar as coisas para seu lado. Até onde se sabe, o eleitor majoritário não quer papo com a esquerda, mesmo cansando daquele que esperavam botar ordem na casa.
MORDE E NÃO ASSOPRA
Por estar ciente dessa realidade, estaria o presidente forçando a barra por saber que desse mato não sai coelho, ou é o complexo do arroubo que o faz saltitar desse jeito? Mistérios que a vã filosofia não explica. Também tem outra coisa. Os sucessivos ataques e diatribes do Capitão já fazem parte da paisagem, então é sempre mais do mesmo.
Faz lembrar aqueles filmes de faroeste antigos, em que a câmera mostra o mocinho cavalgando, atirando sem parar e, atrás dele, o cenário muda sem mudar. Alguns segundos e lá vem a mesma árvore de novo.
BOLERO DE RAVEL
É notável a constatação de que até críticos não engajados ideologicamente do homem estão como Seu Peru do Chico Anísio, porrr aqui com algumas redes de televisão e jornais, por baterem na mesma tecla dia sim e outro também. Mesma paisagem cansa, também é mais do mesmo.
APENAS AO VENTO
Sempre tenho dito que a imprensa em geral também vive a mesma crise que todas as instituições padecem. Por que seríamos diferentes? Também temos nossos diabos e fantasmas internos, ora pois. E não é de agora. Apesar das nossas utilidades, também carregamos nossas culpas e omissões. A começar pelo fato de que um quilo de acusação passar mais que um quilo de defesa. Aquela coisa de jogar penas ao vento.
SÃO SÉRIAS AS CRISES
Uma causada pelo vírus em si; outra, as inevitáveis consequências econômicas. Quando olho a árvore me assusto com o número de casos e mortes. Quando olho a floresta inteira, fico embaraçado ao ver o relativo baixo número de casos em relação a 100 mil ou um milhão de habitantes. No caso de Porto Alegre e sem contar com as subnotificaçôes, é em torno de 8 óbitos por milhão.
É isso mesmo,Comandante Albrecht. Bem a propósito do assunto,”teus” colegas da mídia virtual denunciam tudo de todos . Mas quando se toca na “ferida” propriamente dita,”eles” tiram o o corpo fora na hora,fugindo da discussão como o diabo foge da cruz. Minha tese é que a “bíblia” de todas as safadezas políticas que andam por aí,da direita,do centro, e da esquerda,está exatamente na constituição que eles escreveram,e que ninguém quer enxergar. A imensa maioria dos blogs consumidores dos meus artigos “engavetou” o “O mal não está em ‘não cumprir’ a constituição,porém em’ cumprí-la’.” Sei que o Albrecht “midiático” não irá abraçar essa bronca. Mas e o “outro”?
Um abraçohttps://www.quenoticias.com.br/artigo/O-MAL-NAO-ESTA-EM-NAO-CUMPRIR-A-CONSTITUICAO-POREM-EM-CUMPRI-LA/4166