A tempestade

7 ago • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em A tempestade

Esta é a vista que o prefeito Nelson Marchezan vê do seu gabinete. A meteorologia política adverte que a tempestade pode piorar. Nuvens carregadas surgem dos lados da Câmara Municipal, com ventos tão fortes que podem derrubar o prefeito da cadeira onde senta. Nós temos o vento minuano, o pampeiro. E, agora, o vento do impeachment, que pode se transformar em furacão.

MEUS CABELOS BRANCOS…

…os poucos que restam, me aconselham a ter prudência nestes casos. Como diretor de cinema e escritor, tem que saber manejar o timing. Não me parece que seja o momento de defenestrar o alcaide, sussurram no meu ouvido os cabelos brancos do lado direito. Mesmo a uma certa distância, os do lado esquerdo se levantam em sinal de apoio aos colegas da outra extremidade.

DIREÇÃO PERIGOSA

Faltando poucos meses para a eleição, é tumultuar o já tumultuado momento pandêmico. Se ele for impichado, a gerência da cidade ficará órfã. Sim, temos um bom vice-prefeito, mas Gustavo Paim, brigado com o prefeito, levará um bom tempo para se acostumar a dirigir a carreta de 18 rodas chamada administração pública. De quebra, tumultuará  a campanha. Até pode dar a vitória a quem não será bom motorista.

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A DÚVIDA

E ainda a tenho, se abertura do processo na colenda é mais para dar um susto no prefeito, e que na hora da votação troquem o sim pelo não. Chances mínimas, certo. Mas uma casa política como a Câmara de Vereadores troca de faixa quando menos se espera, e sem ligar o pisca. É da índole dos políticos cambiar de pista sem mais nem menos.

TUDO BEM, MAS…

…ele merece o castigo supremo? Aí já é assunto que pertence à cachola de cada um. O que é sabido que, desde o início do deu governo, Marchezan deu murros em ponta de faca sem necessidade. Brigou com a Câmara, perdeu bons quadros que não suportavam mais seu temperamento explosivo duela a quién duela, e sempre arrostando quem não deveria. E de grátis, como diz o povo.

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A FALTA QUE ELA FAZ

Faltou conversa de bar a Marchezan. Ele hostilizou a cidade e a cidade passou a hostilizá-lo. Era um estranho no ninho. No início do mandato, reconheceu que nunca tinha entrado no Mercado Público. Para culminar, subiu dos infernos o vírus terrorista e o pegou no contrapé.

Quem semeia ventos colhe tempestades.

O SOL NÃO NASCERÁ

_foto de Romar Rigon
Olhem a imagem. Nunca teremos a bonança. No máximo, sol entre muitas nuvens, um sol tímido, arredio.O Brasil, como um todo, e o Rio Grande do Sul em particular não querem paz. Parte dos gaúchos a detestam. Estamos brigando desde 1835 e vamos continuar brigando nem que morramos todos na peleia.

Fotos de Romar Rigon

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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