A tecnologia do buraco
Com alguma frequência leitores enviam vídeos mostrando como países adiantados consertam buracos de rua, especialmente na Alemanha. Eles usam máquinas fantásticas acopladas uma na outra, com um mínimo de intervenção humana. No final, o asfalto sai mais liso que barriga de modelo. E perguntam quando nós teremos equipamento igual. Veja aqui: aqui.
Sonho meu
Não teremos. Para começar , o piche fornecido pela Petrobras vem do nosso petróleo – do tipo pesado, estrela em seguida. Ademais, um buraco de rua é como uma cárie, e tem que ser tratado como tal. Primeiro limpa a cavidade, depois sela e, só então, despeja o asfalto, sempre sob supervisão de um mestre de obras. E achar que temos recursos para comprar máquinas alemãs é sonho. Agora corta para outro problema nosso, coisas nossas como no samba de Noel Rosa.
Coisas nossas
Apesar de todo o esforço feito a partir da Política Nacional de Resíduos Sólidos (2010), que estabelecia o fim dos lixões até 2014, o Brasil ainda tem cerca de três mil vazadouros ilegais e apenas 679 aterros sanitários regularizados. Então me respondam essa: se nem mesmo conseguimos resolver o problema do lixo, como conseguiremos trafegar em ruas e rodovias lisas como barriga de modelo?
Eles conseguem
É vergonhoso, mas aqui do lado – Uruguai e Argentina – conseguem ter rodovias e ruas decentes. E listas.
Momento culinário
Ainda bem que Porto Alegre tem muitas delicatessem. Não o suficiente, mas algumas são de primeira. Gosto muito da Leiteria, na Venâncio Aires quase esquina Santana. O Pancho deles é maravilhoso, com destaque para o pão crocante. É pela qualidade do pão que tudo começa. Aqueles atentados massudos que se usa no cão quente cidade afora deveriam ser proibidos.