A roupa nova do rei
Se existe uma coisa que aprendi na propaganda é que não adianta mudar o logotipo e toda a identidade visual de uma empresa, agremiação ou entidade se não fizer mudanças concomitantemente à alteração visual. É como botar uma moldura nova e bonita no mesmo quadro. O consumidor espera uma mudança maior do que uma simples maquiagem, e fica frustrado quando isso não acontece.
Lembrei disso quando li que o PMDB quer voltar à sigla. Não vai adiantar mudar, é só perfumaria para aumentar custos com material de expediente. A alma, o cerne, não muda. Vejo isso a toda hora, ainda mais em tempos da importância de uma identidade visual. Até acho uma graça quando mudam o nome, colocando “EmPresa” ou “EMpresa” e variações. Besteira, porque a maioria das redações obedece a normas de redação, que são severas, quanto ao uso de caixa alta. Aí fica tudo “empresa” mesmo. E como todo mundo copia essa mania, destaca-se quem não usa letras alternadas em caixa alta ou baixa.
Nos partidos políticos, os românticos da imagem visual costumam botar mais firulas que plumas e paetês em fantasia de Carnaval. O recado é “muda por dentro antes de trocar de nome”.
Ouviu, PMDB?