A roupa nova do rei

13 dez • Caso do DiaNenhum comentário em A roupa nova do rei

 Se existe uma coisa que aprendi na propaganda é que não adianta mudar o logotipo e toda a identidade visual de uma empresa, agremiação ou entidade se não fizer mudanças concomitantemente à alteração visual. É como botar uma moldura nova e bonita no mesmo quadro. O consumidor espera uma mudança maior do que uma simples maquiagem, e fica frustrado quando isso não acontece.

 Lembrei disso quando li que o PMDB quer voltar à sigla. Não vai adiantar mudar, é só perfumaria para aumentar custos com material de expediente. A alma, o cerne, não muda. Vejo isso a toda hora, ainda mais em tempos da importância de uma identidade visual. Até acho uma graça quando mudam o nome, colocando “EmPresa” ou “EMpresa” e variações. Besteira, porque a maioria das redações obedece a normas de redação, que são severas, quanto ao uso de caixa alta. Aí fica tudo “empresa” mesmo. E como todo mundo copia essa mania, destaca-se quem não usa letras alternadas em caixa alta ou baixa.

 Nos partidos políticos, os românticos da imagem visual costumam botar mais firulas que plumas e paetês em fantasia de Carnaval. O recado é “muda por dentro antes de trocar de nome”.

 Ouviu, PMDB?

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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