A luz de Balzac

5 jan • A Vida como ela foiNenhum comentário em A luz de Balzac

Sabem a expressão popular “melhor ouvir isso do que ser surdo”? Contam que o escritor colombiano Gabriel Garcia Marques estava a escrever um dos seus tantos admiráveis livros quando faltou energia na cidade, o que o chateou muito. Quando a luz voltou ele ligou para o alcaide queixando-se que, sem luz, ele não podia escrever.

– O Balzac escrevia melhor do que você. Naquele tempo nem tinha luz elétrica!

O jeito foi levar na esportiva. Podia ser pior, o prefeito poderia ter citado como exemplo o Shakespeare. Em casos assim recomenda-se prudência, porque sempre se corre o risco de aparecer um gatilho mais rápido.

Já contei aqui o caso de uma velhinha que foi pagar a conta vencida de água e reclamou como podiam cobrar por algo que Deus dava de graça. O atendente atirou de volta.

– Dá, mas não em torneira.

Também teve o caso – recente – de um grande empresário do ramo de utensílios de cozinha que comprou uma cara caminhonete, dessas cheias de letrinhas, o alfabeto inteiro. Quando chegou em casa ligou para o vendedor, reclamando que o veículo fora entregue só com metade de gasolina no tanque.

– Olha, eu também acabei de comprar um kit completo de churrasco da sua empresa, mas não veio picanha de brinde.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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