A lenda do cérebro derretido

9 out • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em A lenda do cérebro derretido

Pois agora a gauchada intrépida deu para desconfiar daquelas pistolinhas ou totens que medem a temperatura, que derreteriam o miolo pensante e não-pensante. Algum gaiato espalhou que raios infravermelhos destroem a glândula pineal, responsável pela produção de hormônios. A Anvisa já avisou que infravermelho não emite radiação.

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Sacanagem bem urdida, porque a plebe ignara ouve falar em hormônio e logo pensa que é o que broxa ou não broxa. Coincidentemente, ontem de manhã a fila do medidor automático que mede a temperatura pela testa era menor do que a do totem que o mede pelo pulso.

VOCAÇÃO PARA A CREDULIDADE

Nas faculdades de sociologia dos Estados Unidos, há uma cadeira para as lendas urbanas. Não duvido que, lá e cá, muitos  professores de lendas urbanas acreditam nelas. Se alguém espalhar que melancia causa coceira no fiofó não faltará quem acredite. E até a sinta.

NO INTERIOR, A SALVAÇÃO

Uma cidade é mais civilizada na proporção direta do seu tamanho e população. Quanto maior, maior a bronca. Já citei aqui um conceito urbanístico europeu que uma cidade só é administrável até 600 mil habitantes.

NA CAPITAL, A CONDENAÇÃO

Vejam o caso de Porto Alegre, ressalvando que isso vem há anos, de prefeito em prefeito nas sucessivas administrações. Olhem a esculhambação em que vivemos. Não tem nem nunca terá jeito. Pode piorar ou deixar de ser menos ruim, mas a metástase liquidou com o que já foi uma bela cidade. Não tem volta.

O BEM QUE VIRA MAL

Certa vez, encontrei um colega de colégio sobraçando um grosso volume. Rumava para o Palácio Piratini. Era secretário de pequena e bela cidade do Vale do Caí. Perguntei onde levava a biblioteca. Respondeu que lutava por asfalto na entrada da cidadezinha. Eu pensei e disse.

– Primeiro vocês pedem asfalto, depois pedem quebra-mola.

O COICE DO PORCO

É engraçado. Teremos um feriadão a partir de hoje e ninguém fez matéria sobre opções de viagem, a tradicional escolha gaúcha entre a Serra e Litoral. No hay plata. Nem muito entusiasmo.  O dinheiro anda mais curto do que coice de porco.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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