A história das tampinhas

18 fev • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em A história das tampinhas

A pulga pulou atrás da minha orelha depois de um cálculo que fiz há algum tempo, quando recebi um release de uma escola cujos alunos conseguiram juntar, em um ano, uma quantidade impressionante de tampinhas de garrafas pet. Como é sabido, tampinha rende um bom dinheiro pelo fato de que praticamente não há perdas na reciclagem. Já as garrafas propriamente ditas são feitas com outro produto petroquímico, mais oneroso porque usam outra matéria-prima.

Muito bem. A escola informou que o trabalho dos alunos rendeu em torno de R$ 10 mil, quantia que foi investida em melhoramentos do prédio. Falei com técnicos que me deram o valor do quilo CIF, o destino final, converti os quilos em reais e quase cai para trás: o valor final deu em torno de R$ 90 mil. Mas como a escola só recebeu 10 mil? Bom, a partir daí vocês podem soltar a imaginação.

A morte da minha querida

As cidades do Litoral gaúcho, como tantas outras, estão perdendo rapidamente a identidade. Caso de Tramandaí, RS, que antigamente era conhecida como a Rainha das Praias e hoje caminha a passos largos para ser a Rainha do Cimento. Na sexta-feira, publiquei nota na página 3 do Jornal do Comércio comentando seu definhamento com duas fotos do antes e depois. Na primeira foto, como era essa parte da cidade a uma quadra curta do mar. Na segunda, o prédio de 16 andares que nasceu em seu lugar.

Não há o que fazer, esse é o caminho das praias mais frequentadas pelos veranistas. Tudo morreu ou está morrendo – bares, restaurantes, o casario, os chalés que serviam de moradia durante pelo menos um mês para gente da Capital e do Interior.

M

Não posso dizer que tudo foi para o brejo porque não tem mais brejo. Adeus grilos, adeus coaxar de sapos e rãs. Aquele clima mágico que se instalava por mais de 90 dias desapareceu também. De qualquer forma, a minha velha e querida Tramandaí desapareceu. O que restou está conservado em formol esperando a demolição. Adeus, querida. Sempre te amei.

A reinvenção do kibe

Surgiu por aí que uma rede de comida árabe inovou este notável petisco. Metade é kibe e outra metade é coxinha de galinha. Foi batizado como Kibichinha.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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