A guerra do amendoim

17 dez • A Vida como ela foi1 comentário em A guerra do amendoim

A Associação Riograndense de Imprensa (ARI) sempre viveu com pouca renda gerada pelas mensalidades dos associados. Há uma década, uma das fontes de renda extra era a venda de cerveja nos famosos encontros de sábados de manhã. Oferta pouca, apenas cerveja, amendoim e pipoca como tira-gosto. Certo dia, o responsável pela operação fez as contas.

– Temos que parar de oferecer amendoim e pipoca, custam caro e a gente dá de brinde.

Os conselheiros aprovaram a sugestão, afinal não era assim artigo de primeira necessidade para combinar com a cerveja. Só que não. Vários sábados depois o encarregado do bar pediu mudanças nas regras.

– Temos que oferecer amendoim e pipoca nos encontros de sábado. E grátis.

Alguém alvitrou que a sugestão de tirar os tira-gostos fora dele mesmo. Então veio a explicação.

– Sim, mas descobri que sem salgadinhos a turma bebe menos cerveja. E menos ceva é renda menor.

Triunfante foi a volta do amendoim e da pipoca. Regada a cerveja, claro.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to A guerra do amendoim

  1. Thomaz disse:

    TRENZINHO NATALINO. Uma ação popular bloqueou o trenzinho….. só que as benesses já haviam sido pagas. Sem imposto de renda, pois a mamata foi dada como auxílio refeição. Seguramente este caso deverá servir de exemplo para todo os serviços públicos que participem de um orçamento global. Precisa de 100, pede 120. A sobra será dividida entre os honrados funcionários.

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