A grande dúvida

25 nov • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em A grande dúvida

Se as eleições municipais de 2020 vão ou não continuar polarizadas entre esquerda-direita divide analistas. Pelo que tenho observado, essa dicotomia seguirá dominando o cenário nacional por um bom tempo, mas a questão é outra: na eleição municipal, até que ponto um lado ou outro será determinante para escolher não só o prefeito, mas também os vereadores? No meu entender, a ideologia ficará em segundo ponto em boa parcela do eleitorado.

OBJETO DE DESEJO

E o que o eleitor quer? Eficiência. De preferência comprovada. E também quer distância dos partidos. Votar no candidato só porque ele é do partido tal é regra apenas uma faixa bem à esquerda e igualmente outra de direita, mas bem menor. O povo,  o povo de que tanto se fala, está porrr aqui com os partidos.

COMO ERA VERMELHO MEU VALE

Tudo somado e diminuído, as águas ainda estão turvas para ver em que direção os peixes estão nadando. Mas uma coisa é certa. A esquerda, especialmente o PT, perdeu o glamour que atraía a classe média nos anos 1990. Não só pelos escândalos, mas porque se revelou um tambor, bate faz um barulhão, fura não tem nada por dentro. Não por nada, estão sempre trazendo à tona os idos de 1964. Falta-lhes futuro.

A GRANDE CERTEZA

Não estarei dizendo novidade, mas a pior coisa que podia ter acontecido para o PT aconteceu: Lula livre. Um mártir sem martírio não existe. Dias Toffoli conseguiu a proeza de “desmartirizar” o chefe maior, o semideus, o rei da cocada preta. Ele ainda terá influência, evidentemente, mas elegerá cada vez menos postes.

O FUNIL

Pela assiduidade com que comparecem nas páginas dos nossos poderosos rotativos, o Rio Grande do Sul só tem um escritor, Erico Verissimo, e um poeta, Mário Quintana.

CAUSOS DO OSNI

Conversa entre duas jovens que escutei nas minhas idas e vindas de micro-ônibus pelas ruas de Porto Alegre.

– Amiga, eu me considero muito idiota! Falou a primeira; já a outra, perguntou:

– Por quê?

E veio a explicação.

– Amiga, eu me considero idiota pelo fato de estar sempre pedindo atenção e carinho ao meu namorado. Ele, mesmo presente, está sempre no celular.

A outra então concluiu.

– Eu também vivo assim e desabafo com a minha psicóloga.

Então eu fiquei pensando e fiz um paralelo.

Em tempos passados, a reclamação que se ouvia é de que os namorados eram “grudentos”, vai ver porque não tinham celular.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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