A Globo que eu queria

17 mar • A Vida como ela foiNenhum comentário em A Globo que eu queria

Eu queria a Globo de décadas anteriores quando o Jornal Nacional era apresentado pelo Cid Moreira e depois por Sérgio Chapelin. O Cid, com aquela sua placidez, passava uma imagem de tranquilidade mesmo quando o mundo estava sob mau tempo. O JN focava mais em fatos & acontecidos que foco apenas em minorias, que já nem são mais tão minorias assim, e cuidava das maiorias, que hoje parecem ser minorias.

Eu queria a Globo do tempo do Viva o Gordo, do Chico City e do todos os inesquecíveis comediantes, incluindo os do segundo time. Eu queria a Globo do Chico e do Jô e das artes que eles produziam nos seus quadros. Eu queria os atores e atrizes da Escolinha do Professor Raimundo. Eu não queria os programas “humorísticos” da Globo de hoje, com mais caras e bocas que humor. Eu queria a Globo do Max Nunes.

Eu queria a Globo das novelas Saramandaia e Bem Amado, a magia das formigas saindo o nariz de um dos personagens, o realismo fantástico do Juca com sua corcunda. Queria a Suzana Vieira no seu auge. Eu queria até o casal 20 Tarcísio Meira e Glória Menezes. Eu queria tanto que atores e atrizes fizessem menos protestos que atuação, inclusive falando mal da emissora que lhes paga tão bem. Eu queria a Globo daqueles tempos em que a rede fazia jus ao lema de lazer  ou entretenimento e informação.

Eu também queria a Globo quando era comandada pelo doutor Roberto Marinho.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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