A definitiva

10 mar • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em A definitiva

coronavírus

Se uma foto vale por mil palavras como se diz, uma boa charge vale por 10 mil. Essa daí é definitiva. Não tem como melhorar, e se meter o bedelho só vai piorá-la.

EFEITO DOMINÓ

A essa altura do campeonato, não se trata mais do vírus e da possibilidade de pandemia. As consequências econômicas em amplo espectro adquiriram vida própria. Pode aparecer uma vacina que, a essa altura, o mundo está contaminado pelo vírus pânico, um velho conhecido que, a exemplo do novo coronavírus, se adapta ao tempo em que vive. Resta rezar para que essa briga entre sauditas e russos não avance para o pior.

CÁ ENTRE NÓS…

..e nossos cabeleireiros, sempre desconfiei que Vladimir Putin não hesitaria em ir até o fim e até, se encasquetar de vez, aperte aquele maldito botão vermelho do Armagedon. Não precisa nem ele engrossar direito, o perigo são os trocentos generais nervosos e puxa-sacos louquinhos para mostrar serviço. Ah, mas tem os controles de segurança, dirão vocês. Não quando são descontrolados.

O REFLEXO

Aquela brincadeirinha do Bolsonaro ironizando o PIB mais fraco que antena de borboleta atingiu mais um outro público: o dos empresários. Ninguém gosta de ironias quando a retaguarda é ameaçada.

SANTINHOS…

A Advocacia-Geral da União manteve a liminar que proibia políticos e autoridades do governo federal e ir a eventos religiosos às expensas do contribuinte. Bem faz a AGU. É um fenômeno psíquico que merecia ser estudado pela ciência e a paranormal. Como é que pode, de dois em dois anos, políticos se converterem de uma hora para outra e ser devotos a santos e santas.

…E SANTARRÕES

Em Porto Alegre, o fenômeno ocorre todos os anos no dia 2 de fevereiro, feriado municipal de Nossa Senhora dos Navegantes, quando há uma procissão que leva a santa até a igreja que leva seu nome. Invariavelmente, políticos se convertem aos magotes, especialmente em anos eleitorais. Só lhes falta subir as escadarias do templo de mãos juntas olhando para o céu, vestidos de anjinhos com asas costuradas nas ombreiras a exemplo de crianças cujas mães tiverem uma graça alcançada.

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MANDA, CHUVA

Vocês de fora não sei, mas nós gaúchos estamos com uma saudade enorme da chuva. Alguns de nós nem lembram mais como ela é. Por essa causa bem que valia uma rezadinha para a santa dos navegantes, hoje em dique seco.

O PENÚLTIMO DOS MOICANOS

Morreu aos 90 anos o talentoso ator sueco Max von Sydow. Merecia até mais que a fama que obteve. A velha guarda está se indo. As câmeras não capturam mais as performances dos talentos que nos impressionaram em décadas passadas. Os novos, bem os novos. Os ingleses têm e sempre tiveram ótimos atores e atrizes e seguem na linha de frente. Até os coadjuvantes são de primeira. E Max foi um dos poucos que chegaram a esta idade.

Max von Sydow (2)

Olhem a ficha técnica dos filmes que nos marcaram nas décadas de 1950 em diante. É muito difícil ator vivo até hoje ou que tenha passado com folga dos 80 anos, coisa comum hoje entre os mortais. Dei-me ao trabalho de ver com quantos anos morreram e fiquei impressionado. Os caras morriam com 50 ou 60 e poucos anos. Para nós que víamos seus filmes, eles pareciam mais velhos, quando estavam na casa dos 40 ou 50 anos. Mesma coisa com nossos parentes mais velhos, vizinhos e pais de amigos de infância.

Foto de web

EM ATA

Que fique consignado em ata: quanto mais o coronavírus se espalhar, mais fraco ele vai ficando e mais as pessoas ficam imunes a ele parcial ou totalmente.

PENSAMENTO DO DIAS

Em terra de cego quem tem um olho é expulso.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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