A curva do rio
Finais de ano nem sempre são festivos, bem ao contrário. Muita gente entra em depressão pelos mais variados motivos e não preciso dizer para vocês quais são, cada um tem os seus. Dá e sobra. Há dias, encontrei um amigo do peito de longa data, que sofreu grandes injustiças especialmente quando o despediram do último emprego, há anos, quando atravessava uma fase crítica de saúde – ele é jornalista. Até hoje quando lembro do caso me revolto.
Encontrei-o num desses eventos de final de ano, quando até os fantasmas de reúnem. Perguntei como hoje, passados todos estes anos, ele se sentia com relação ao indigno ato. Sentado na curva do rio, foi a resposta. Pedi a tradução.
– Li um conto chinês que narra as vicissitudes de um cidadão que fora muito injustiçado por superiores hierárquicos e falsos amigos. Ele então sentou na última curva do rio e esperou que os corpos dos que lhe fizeram mal passassem boiando.
E arrematou:
– Não faz muito passou mais um…