A conta do saquê

24 jan • Caso do Dia, Notas1 comentário em A conta do saquê

São precisos 10 mil grãos de arroz especial para destilar um copo de saquê. Há centenas de tipos de arroz no Japão, mas nem uma dúzia cumpre as severas exigências do código de fabricação da bebida, que pode ser destilado puro, vinho ou espumante. Durante a fermentação, mestres devem examinar o processo de duas em duas horas, por isso dormem nas destilarias.

Imagem: Freepik 

A CONTA DA TEVÊ

São precisas 10 mil frases de texto ou de comentários na rádio e TV sobre os recentes acontecimentos para encher um copo de informação real.

PONTO FUTURO

Existe um princípio de segurança na aviação que diz o seguinte: nunca leve seu avião onde seu cérebro não tenha estado cinco minutos antes. Este conselho não vale apenas para pilotos. A aplicação é vasta. Cabe também como uma luva para governantes e políticos em geral. Pensando melhor, é para todo mundo, de empreendedores a jogadores de futebol. Lembram do “ponto futuro” do treinador Cláudio Coutinho?

A ARTE DA ANTECIPAÇÃO

São batalhas cujas guerras são vencidas pelos que estão sempre à frente dos fatos. É Sun Tzu puro. Afinal, ele é o autor das 13 estratégias militares que desdobra no livro A Arte da Guerra.

NUNCA AOS SÁBADOS

Muita gente procura empregos que não exijam qualificação, mas muitos candidatos os refugam quando descobrem que precisa trabalhar nos sábados. Tenho reparado em lanchonetes e restaurantes. Quase sempre a placa de “precisa-se” está lá, seja para atendimento no balcão, seja para a cozinha. Mas a prova dos nove fiz perguntando aqui e acolá porque há vagas neste ramo.

QUERO O MEU

A dona de uma lanchonete contou que candidatos(as) não faltam, mas, quando sabem que têm que trabalhar sábado, caem fora. E parte das que nos atendem são estranhas no ninho, ou estão permanentemente com um certo fastio, para não dizer má vontade já na largada. Por essas e outras mais a jogada ensaiada da ação trabalhista, que raramente deixam de dar razão ao empregado, ser dono de um negócio desses é padecer. E não necessariamente no paraíso.

À MODA DE JACK, O ESTRIPADOR

Você recebe um novo cartão de crédito ou débito, então trata de inutilizar o antigo. Você não descansa enquanto não o destruir completamente. Não dá a sensação que sempre haverá algum facínora capaz de reconstituí-lo pedacinho por pedacinho e até recuperar os dados da tarja magnética.

E a parte do seu nome, corta na vertical e na horizontal melhor que Jack o Estripador? Confesse, você não descansa enquanto não jogar cada um dos pedacinhos em lixeiras diferentes para não dar chance ao azar.

PENSAMENTO DO DIAS

Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, diz a Bíblia. Então estamos ferrados.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to A conta do saquê

  1. Felipe disse:

    “Confesse, você não descansa enquanto não jogar cada um dos pedacinhos em lixeiras diferentes para não dar chance ao azar.”

    Ha, ha, ha, ha, ha!! Perfeito, Fernando!! Não sou o único que padeço de tal mal!

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