A cidade e seus postes

25 out • A Vida como ela foi1 comentário em A cidade e seus postes

A imagem mostra um desfile na cidade de Montenegro (RS), e data de 1940. É do acervo do montenegrino Daniel Viegas, a quem agradecemos. Como morei lá por alguns anos, constatei que pelo menos dois prédios eram do meu tempo, anos 1950 e início dos 60. O mais saliente sediava uma relojoaria da família Köhler; ao fundo vê-se a torre da antiga Igreja Matriz. Como em quase todos os municípios gaúchos, construções maravilhosas vieram abaixo para dar lugar a monstrengos arquitetônicos.

Ao fundo se vê se uma parte do Morro São João, erroneamente chamado de Monte Negro nos primórdios. A rua é a Ramiro Barcelos, a principal. Observa-se um detalhe que era comum nos municípios do interior do Estado, um canteiro central onde a grama nasce abrupta, que depois recebeu lajotas. Os postes de luz são outra constante nas cidades. Era bem prático para separar as pistas e, ao mesmo tempo, evitava-se que fossem postos junto ao meio-fio, inclusive por motivos de segurança. Daí a separação entre avenida e rua. A primeira tinha que ter um canteiro central, e a rua não. Depois que esse canteiro desapareceu, ficou rua Ramiro Barcelos.

A foto trouxe-me boas recordações.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to A cidade e seus postes

  1. Sérgio Alves de disse:

    Algum metal andou interferindo no ponteiro da bússola do Comandante Albrecht. Eu nem era nascido em 1940. Mas pouco mudou para a minha época. Ao fundo da rua Ramiro Barcelos está de fato o morro Monte Negro. O morro São João fica à direita da foto da relojoaria Kohler. Na frente da relojoaria ficava o Café Comercial ,onde tomávamos cafezinho e discutíamos “filosofia”,”política” e “aviões”. Na outra esquina frente à Relojoaria tinha um prédio térreo ,onde eu e o Lasier Martins montamos um escritório de advocacia durante um curto período, nos anos 70, mas que não deu muito certo e acabamos fechando.

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