A certificação da galinha

23 set • Caso do DiaNenhum comentário em A certificação da galinha

Galinha comendo milho em um galinheiro

Cada vez que alguém se diz espantado com a qualidade dos candidatos à vereança, principalmente, repito que nenhum deles é de Marte. Tudo é terráqueo puro com denominação de origem, como os vinhos e outros produtos. Tem gente boa, sim, então se ele concorre à reeleição analise sua trajetória. Certa vez, alguém me disse que político tinha que ter norma ISO.

Vocês devem lembrar que, no final dos anos 1990 e início de 2000, essa certificação internacional virou febre. Todo mundo a possuía. Começou com a ISO 9000, depois 9001 e mais alguns na sequência. Basicamente, a 9000 é fazer sempre igual, obviamente que com a mesma (boa) qualidade. Cheguei a brincar dizendo que só faltava a Tia Carmen obter a ISO para as meninas da casa. Fazer sempre igual, lembram?

Daí para botar norma em candidatos vai um precipício. Não tem como certificar um ser humano, embora muitos sejam mais retos na conduta. Não há como ter essa igualdade. Vejam a galinha, que poderia ter a norma ISO 9000, porque o ovo é “tudo” igual”, ela faz sempre o mesmo.

Negativo. Se a metódica galinha, que tem um cérebro de galinha, bota ovo ora com gema maior ora menor, mais ou menos amarelo até a cor de galinha caipira, não faz sempre o mesmo, imagina político. A não ser que você me venha com a piada pronta de que eles fazem, sim, sempre o mesmo.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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