A borderella voltou?
Entre tantas coisas que sumiram do noticiário ou tomaram chá de sumiço de verdade estão o bastão de leite, o sanduíche de pernil com molho, a areia movediça, a apendicite e a bactéria borderella pertussis, a causadora da coqueluche, doença respiratória séria que dá mais em crianças. Diz-me a minha vizinha de mesa, a gentil Cris Pires, que ela não sumiu não, que tá cheio de pertussia voando por aí. Mas não aterrissam nos jornais.
Tem zika, tem dengue nas capas, mas neca de coqueluche. No passado, quando ela dava mais que chuchu em cerca, uma das formas de se matar essa danada era botar a criançada em um avião não pressurizado e subir até 6 mil pés, pouco menos de dois mil metros. No passado, a Varig e a FAB botavam a criançada com coqueluche nos seus aviões. Era batata, tiro dado, jacu deitado.
O bastão de leite era da antiga Neugebauer, uma espécie de chocolate (?) branco com gosto de amêndoas, algo do tipo. Nunca mais fizeram coisa igual. Outra coisa que sumiu foi areia movediça. Nos filmes de safári na África ou em selvas tropicais, não passava 10 minutos sem que alguém morresse em areia movediça. Não raro, era o destino do bandido no final do filme. A última coisa que aparecia era o braço de fora do náufrago. A mocinha se salvava porque o mocinho sempre achava um cipó salvador, nem que fosse no meio do Saara.
Sem bastão de leite, sanduba de pernil com molho e filme de areia movediça, o mundo não tem graça.