A alegre bolsa italiana

7 jun • Caso do DiaNenhum comentário em A alegre bolsa italiana

 Mas vejam só. A bolsa subiu quase 1% ontem, isso que começou o julgamento da chapa Dilma-Temer. No retrospecto, a Bovespa levou um tombaço no dia em que apareceu o vídeo da delação do Joesley Batista; no day after subiu mais de 2%, depois oscilou, mas sem repetir os mais de 8% de queda. Subiu um pouco, caiu, ora pouco ora mais feio, voltou a subir. Enquanto isso, a cotação da verdinha acusava mais o golpe.

 A explicação é simples. A bolsa antecipa o que só vamos saber no dia seguinte; quando algum pepinão aparece, geralmente ele caiu por alguns dias antes de brotar da horta, e quando todos esperam uma queda violenta, ela vem mansa como vaquinha no brejo. Chama-se a isso de precificar o tamanho da bronca. Por exemplo, o mercado já trabalha com Temer fora do jogo. Já o dólar, porque tem demanda até do padeiro da esquina, é mais nervosinho.

 A bolsa sobe no boato e cai no fato.

 A bolsa é para profissionais frios como gelo seco. Sempre conto como eu invejava a Itália dos anos 1970 e 80 – quando caía o gabinete, a bolsa subia.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »