Pensamento do Dias
Já nem sei mais o que abre e fecha, ou se fecha mas abre para fechar de novo.
O Banrisul anunciou ontem o seu Plano Safra 2020/2021, com dotação de R$ 4,1 bilhões em recursos para o agronegócio do RS. O valor é 26% superior ao disponibilizado no período anterior. Desse total, R$ 500 milhões serão destinados exclusivamente ao financiamento de investimentos e R$ 3,6 bilhões para as demais linhas do agronegócio, como custeio, comercialização e industrialização.
O volume de recursos para a agricultura familiar é de R$ 800 milhões, aos médios produtores, R$ 635 milhões, e para os demais produtores, cooperativas e empresas do setor, é de R$ 2,67 bilhões.
O anúncio ocorreu em uma coletiva de imprensa virtual, que contou com a presença do governador do Estado, Eduardo Leite; do secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho; da diretoria e executivos do Banco, e de jornalistas.
O conglomerado de combate e rastreamento do vírus está aperfeiçoando novas maneiras de apurar casos, mortes, imunizados, taxas de mortalidade e conceitos sobre como acompanhar a evolução da pandemia. O problema e que são tantas as emoções que ninguém mais fora deles consegue entender a quantas andamos. Não sabemos mais nada.
Quando o finado Fidel Castro falava para as massas, estendia-se tanto que nem ele mesmo sabia o que estava falando. Quando perdia o fio da meada, sacava “la revolución” da algibeira. Funcionava tão bem quando derramar um destilado em frigideira. O fogaréu é la revolución. Nos tratados dos especialistas, tem que falar “pandemia” de vez em quando para botar fogo na frigideira.
Imaginem um pobre coitado tentando decifrar o que dizem os jornais e telejornais. Primeiro ele vai achar que Boldonaro é mais perigoso do que o vírus. Então por que me obrigam a ficar em casa, perguntará. Não era o bichinho o bandido?
Cá entre nós e nosso barbeiro. A verdadeira história da relação entre anunciantes e veículos é que jamais será contada no Brasil.
Com a redução das redações e diminuição de custos, é milagre que ainda saia o horóscopo e o necrológio. Só que destacam finados de quem nunca ouvimos falar. Em alguns jornais, era a única coisa que dava para ler.
Se antes já não contávamos a historia como ela é, agora a contamos por amostragem. Escolhida por sorteio, quem sabe.
O jornalismo sempre viveu um paradoxo. O pauteiro orienta o repórter, que vai a campo para colher a realidade, que já chega incompleta, o subeditor analisa e passa para o editor que a edita e faz o título. Isso feito, o pacote vai para o secretário de redação que a remete ao chefe da redação, depois para o editor-chefe, que, por sua vez, manda ao diretor de redação para fazer a manchete. É como comprar um carro que passou por uma dúzia de donos.
Funciona quando todos os elos da corrente estão solidamente encadeados. E se o repórter reportar bem.
A próxima guerra vai se travar entre as diversas vacinas que forem lançadas. Briga de foice. A minha é melhor, não, a minha é mais eficaz, pode ser, mas tem muito efeito colateral, a nossa é mais barata que a de vocês, essas coisas tão comuns em guerras.
Depois de duas décadas como atração maior das casas noturnas de Porto Alegre, a Tia Carmen fechou de vez. No popular, era casa de garotas de programa. O La Licorne gaudéria. Casas como essa há tempos vinham acusando perda de clientes. Em grande parte devido à concorrência particular. Tipo o comércio formal perder receita devido ao comércio informal.
Caia sete vezes, levante-se oito.
Se estão dando, pegue. Se vierem buscar, corra.