• Socialistas não entendem absolutamente nada de economia. Se entendessem, não seriam socialistas.

    • Friedrich Hayek •

  • O Brasil que funciona

    Publicado por: • 14 fev • Publicado em: O Brasil que funciona

    LEVANTAMENTO do financiamento da lavoura arrozeira das últimas dez safras, aponta uma forte descapitalização do produtor rural e a redução do crédito rural controlado e aumento do financiamento nas indústrias, inexistente em 2010 e que hoje responde por mais da metade do total do mercado, juntamente com revendas e cooperativas. O levantamento foi realizado pela Farsul com dados dos custos de Produção do Projeto Campo Futuro (CNA/Esalq-Cepea/Farsul) e foram divulgados durante a 30ª Abertura da Colheita do Arroz, em Capão do Leão/RS.

    Em 2010, ano do início da pesquisa, o capital próprio do produtor respondia por 35% do total dos custos. Em 2019, esse percentual caiu para 10%. No mesmo período, o crédito rural controlado recuou de 50% para 20% dos recursos captados. Para o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, isso demonstra que a capacidade dessa forma de financiamento em atender as necessidades do produtor rural está esgotada.

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  • Pastel de vento

    Publicado por: • 13 fev • Publicado em: A Vida como ela foi

    Certa noite, apareceu na redação o falecido e querido jornalista Adão Oliveira, que fazia a coluna Conexão Brasília, do Jornal do Comércio. Morava em Brasília e, de vez em quando, pousava na planície para recarregar baterias.

    Um dia em que estava por estas bandas, o Adão perguntou onde se comia um pastel especial de primeira. No Box 21, respondi, no Hortomercado da Quintino (Bocaiúva, a rua, quase esquina com a Cristóvão Colombo). Então vamos lá, ele falou.

    Em lá chegando, fomos direto falar com o Bentinho, um dos sócios da casa, que tinha ótima reputação em Porto Alegre. Sentamos, e o garçom mal tinha empunhado a Bic para a comanda e o baixinho de Arroio Grande já fez o pedido:

    – Quero seis pasteis – ordenou, peremptório;

    – Seis? É para levar?

    – Não, é para comer aqui mesmo.

    E eu de boca aberta. Como é que o Adãozinho ia comer os pasteis enormes da casa? Mesma opinião do garçom.

    – Senhor, nossos pasteis são tamanho GG! Dois já seria um exagero.

    O Adão pulou nas tamancas.

    – O senhor quer vender ou não quer vender os pasteis?

    – Certo. São seis pasteis.

    – Só tem um detalhe. Quero os pasteis sem recheio.

    O cara do avental ficou perplexo.

    – Como assim? Sem carne, ovo, sem recheio, só a casca? Pastel de vento?

    – Isso mesmo.

    Minutos depois colocaram à sua frente meia dúzia de cascas de pastel. Adão comeu-as todas. Algum tempo depois, ele chamou o garçom.

    – Veja a conta. Mas quero um desconto, afinal não tinham recheio.

    O diabo era que nunca se sabia quando o Adãozinho estava falando sério. O desfecho? Foi ruim para o meu amigo.

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  • Apelo inútil

    Publicado por: • 13 fev • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Há dias um líder político envia sua newsletter com a chamada “Precisamos ser solidários”. Não é exclusividade dele, e não existe apelo mais inútil do que esse e outros assemelhados. De boas intenções o inferno está cheio. Somos todos médicos e monstros à Louis Robert Stevenson. Debaixo da fina camada de verniz, somos seres primitivos. E cruéis.

    TRIO DE OURO

    Como este é um ano de eleições, assistiremos uma enxurrada de asneiras no horário eleitoral gratuito. Não sei em outros estados, mas no RS o trinômio “saúde, educação e segurança” é o que  mais se ouve. Nem o mais genérico dos medicamentos genéricos ousaria essa generalidade.

    O PASSADO ME CONDENA

    Finalmente vem sangue novo no rock pauleira. Vem aí o Black Sabbath. A falta de nomes novos, letras e músicas originais – grunhido não vale! –, roteiros bons para filmes e novelas sem apelar para os arquétipos de sempre – culpa, redenção, volta por cima, o bem vence o mal – estão fazendo com que tudo mundo se volte ao passado.

    O GANHA-PÃO DE EINSTEIN

    O “zeide” (avô, em iidish) vivia numa cidadezinha perdida na Bessarábia, hoje dividida entre Moldova, Ucrânia e Romênia, não entendia o que era a tal de teoria da Relatividade, coisa da cabeça do judeu alemão Albert Einstein. O neto, que estudava na então capital Kishine, tentou explicar de um jeito fácil,

    – Zeide, a tese de Einstein é mais ou menos assim: imagine um rapaz que senta durante uma hora no colo da namorada durante uma hora. Para ele é como se tivesse ficado um minuto. Este mesmo rapaz se sentar um segundo na chapa do fogão aquecido é como se tivesse ficado por uma hora. Entendeu?

    O avô ficou pensando, pensando e perguntou:

    – Acho que sim. Mas me diz uma coisa, Einstein ganha a vida com isso?

    DRINKS DA MODA

    Na TV paga deve ter pelo menos meia dúzia de programas em canais distintos sobre coquetéis, moda recente no Brasil, mas no exterior sempre foi muito forte a mistura de bebidas. O irrequieto agitador cultural Miltinho Talaveira certa vez me recomendou boas casas do ramo em Porto Alegre. Como não bebo, passei o bastão para quem bebe.

    CARRUÍRA DOURADA

    Miltinho também mandou alguns drinks que ele viu em uma das casas que recomendou, que só não digo o nome porque parece que fechou. Olhem só: Carruíra Dourada (cachaça, purê de manga, coentro, pimenta vermelha); Vamo Dale (tequila silver, infusão de vermute c/morango, xarope de gengibre) e Coisa de Homem (bourbon, vermute seco, cointreau, angustura).

    Feita a divulgação, Miltinho, mas me diz uma coisa: purê de manga não é comidinha de nenê?

    PENSAMENTO DO DIAS

    Era uma pessoa feliz. Deus lhe concedeu o dom da burrice.

     

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  • São precisos 60 anos e não nove meses para fazer um homem.

    • André Malraux •