O grito
Quando foi que começamos a enlouquecer? Foi quando demos vivas para a Constituição de 1988, aquela que é tudo menos cidadã? Ou foi quando se deu a virada do milênio, que era para ter bug nos computadores e não deu neles, mas na nossa cabeça? Ou foi quando deu o alinhamento dos planetas, que era para ter causado o fim do mundo, mas nada aconteceu? Ou o tal calendário maia que previu o fim do mundo e nada houve?
Um deles ou todos juntos, não consigo ver outra explicação para a doideira que grassa no país. A falência do Estado, o ente Estado, quem virou gestor de uma ciclópica folha de pagamento à custa do nosso sangue e saúde e, mesmo assim, atrasa o pagamento; a falência moral, a falência dos Três Poderes e a intromissão de um no outro, a falência dos Legislativos, tudo isso pode ser facilmente entendido por uma civilização extraterrestre com um simples clipe: um vídeo compacto do que está acontecendo no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.
Não precisa mais que isso. Eles farão a mesma cara do célebre quadro de Edvard Munch, que dá o título a esta nota.