A proibição de Navegantes

3 fev • NotasNenhum comentário em A proibição de Navegantes

A Procissão de Navegantes em Porto Alegre era bonita quando a única parte terrestre era levar a Santa da Igreja do Rosário até o Cais do Porto e depois algumas dezenas de metros até a Igreja de Navegantes. Quando houve o naufrágio do Bateau Mouche, no Rio, em 1988, a Marinha passou a cobrar o uso de um colete salva-vidas para cada pessoa a bordo, entre outras exigências. Mas nunca a proibiu, como todo mundo repetia.

A partir dali a procissão passou a ser feita por terra, ao longo da avenida Voluntários da Pátria e por anos e anos. A desculpa era sempre a Marinha, mas a verdadeira história apareceu depois. Um dos organizadores fez uma promessa à Santa, se um familiar se curasse de determinada doença, ele prometeu que a procissão seria por terra sempre. Hoje, é parte água parte terra.

O fato existiu, mas há alguma nebulosidade em torno dessa história. Não fazia e ainda não faz sentido que uma promessa a uma santa da água envolva a retirada da imagem do barco para que ela seja levada por terra firme. Sabe-se lá qual a lógica.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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