A proibição de Navegantes
A Procissão de Navegantes em Porto Alegre era bonita quando a única parte terrestre era levar a Santa da Igreja do Rosário até o Cais do Porto e depois algumas dezenas de metros até a Igreja de Navegantes. Quando houve o naufrágio do Bateau Mouche, no Rio, em 1988, a Marinha passou a cobrar o uso de um colete salva-vidas para cada pessoa a bordo, entre outras exigências. Mas nunca a proibiu, como todo mundo repetia.
A partir dali a procissão passou a ser feita por terra, ao longo da avenida Voluntários da Pátria e por anos e anos. A desculpa era sempre a Marinha, mas a verdadeira história apareceu depois. Um dos organizadores fez uma promessa à Santa, se um familiar se curasse de determinada doença, ele prometeu que a procissão seria por terra sempre. Hoje, é parte água parte terra.
O fato existiu, mas há alguma nebulosidade em torno dessa história. Não fazia e ainda não faz sentido que uma promessa a uma santa da água envolva a retirada da imagem do barco para que ela seja levada por terra firme. Sabe-se lá qual a lógica.