Escravos para sempre
A terra de ninguém que o consumidor sempre precisa atravessar tem cada uma que só rindo para não chorar. Meu carregador do Samsung deu os doces – depois de pouco tempo, eles não carregam, rompimento de fios internos. Estava na praia e fui a uma loja muito conhecida que vende de tudo, CDs e periféricos. Vocês tem? Sim, disse o vendedor.
Tirou uma caixa da prateleira onde se lia R$ 41 e uns quebrados. Verifiquei que só tinha a perinha, o encaixe na tomada. Mas como é que vou carregar sem o cabo? Veio outra caixa onde se lia R$ 21,00. O cabo era mais curto que coisa de porco.
Na mesma rua arrisquei uma loja de operadora que não era a minha. Tem? Tem. Ele trouxe um daqueles plásticos em que se tira o ar de dentro onde se lia R$ 35,00 Aleluia! Ele encheu a nota fiscal e pediu meu nome. E o bocó aqui forneceu.
Significa que passarei eternamente a receber e-mails, telefonemas e mensagens vendendo algum serviço ou fazendo proposta do raio da operadora que não é a minha.
Ó vós que entrais, já escreveu Dante Alighieri, perdei toda a esperança.