O Rasputin da ilha
Durante o governo Tarso Genro (RS), uma missão oficial e empresarial foi à Cuba prospectar negócios que fossem bons para os dois lados. O presidente de uma estatal gaúcha e um empresário da área de transportes foram recebidos por um coronel muito temido da ilha. Dizia-se que ele fora treinado pela antiga KGB, que desenvolvia formas de interrogatório e ameaça baseados em um simples olhar – como se dizia de Rasputin. Ele tinha um olhar tão atemorizante que dispensava a fala, você não aguentava o olhar dele, contaram os dois para mim, num almoço na Churrascaria Na Brasa (hoje NB), da Ramiro Barcelos.
Lá pelas tantas da audiência, o coronel fuzilou os dois gaúchos com um olhar acompanhado de uma frase proferida em tom grave. O maior problema de Cuba, disse, é a corrupção, então se no desenrolar das negociações eles recebessem pedido de propina de funcionários cubanos, ele, coronel consideraria isso uma traição.
O tal olhar completou a frase.