Inimigo secreto

10 out • Caso do DiaNenhum comentário em Inimigo secreto

Presente em lata redonda com laço de fita para amigo secreto

Pesquisa feita pela The Body Shop Global, que estudou comportamentos de 1.950 homens e mulheres em dez países de cinco continentes, Brasil entre eles, mostrou que, na maioria deles, as pessoas acham que não é bom abrir os presentes na hora. No Brasil, é meio a meio. Eu sempre soube que era falta de educação não abrir na hora, desdém pelo mimo. Mas, enfim, a humanidade pode viver sem essa culpa.

Presentes. Às vezes são coisa do diabo. Você se esforça para dar um presente que acha bonito e bom e quem o recebeu acha uma bosta. Aí depende da sensibilidade. Uma coisa é certa: raramente quem não gostou dele reconhece. Ao contrário, se desmancha em ais e ois que-coisa-mais bonita-você-se-lembrou. Pura falsidade. Aliás, o cúmulo da falsidade é a frase “Não precisava…”

Na infância, de aniversário, recebíamos meias ou sabonete, quando muito conjunto de sabonete e talco. Agora, pijama ou cueca. No amigo secreto, do qual fujo como diabo da cruz, dava caixa de bombom Kopenhagen e de volta recebia uma gravata comprada em balaião da Voluntários da Pátria. Sem falar que tem que dar mimo justo à pessoa que você odeia.

A instituição do amigo secreto é uma das tantas provas que o a vida não é justa.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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