A maçã de Eva

26 ago • NotasNenhum comentário em A maçã de Eva

Presumo que a maçã que a Eva comeu devia ser muito boa para ela trocar pelo paraíso. Fosse antigamente, eu diria que ela teria que ser europeia, porque maça argentina era farelenta, porque na época as técnicas de frigorificação não eram lá essas coisas.

E só tinha dois tipos, a normal, e azedinha, casca verde. Com o correr do tempo, os catarinenses e depois os gaúchos descobriram que em se plantando dava, então vieram as modelos, digamos assim, fuji (a mais caldosa, lá atrás), gala e outras. Ninguém queria mais as argentinas.

Como em todos os produtos, você paga mais para ter mais qualidade. Boa parte das fruteiras compra maçã de segunda ou terceira. Algumas têm gosto de isopor. Como o consumidor gaúcho é pouco exigente, vai tu mesmo. Mas comigo não, violão. Cansado de comer isopor descobri umas frutas argentinas. Foi com receio à mordida.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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