O cachorro antiaéreo
Escrevi ontem que houve um caso em que um helicóptero Esquilo, do Governo do Estado do RS, foi abatido por um cachorro. A história aconteceu nos anos 1980, é verídica e estão aí para comprová-la o então subsecretário da Saúde, Sérgio Bechelli, e o ex-secretário e ex-deputado federal Germano Bonow, que estavam a bordo.
O helicóptero decolou de Porto Alegre rumo a Mostardas, perto do Litoral gaúcho. Como havia um forte vento, comum naquela região, o piloto da aeronave de asas rotativas se “escorou” num barranco de um campinho de futebol, que serviu como quebra-vento para o pouso.
Só que os pilotos não contavam com a astúcia de um cão que assistia à cena do alto do barranco. Sem mais nem menos, o animal pulou direto no rotor de cauda, o que desiquilibrou o helicóptero que veio ao chão de uma altura em torno de quatro metros, com estragos consideráveis. Os tripulantes sofreram ferimentos leves.
Morreram ambos, o cachorro e o rotor de cauda, a propósito. Mas o pobre cão ficou famosos ao abater um helicóptero, pela primeira vez na história da aviação.