As vaquinhas

8 jul • Caso do DiaNenhum comentário em As vaquinhas

As distintas estão na moda, e não só por causa das fraudes no leite e derivados. Nunca saíram, a bem da verdade, sempre estiveram na berlinda, especialmente as vaquinhas para coletar dinheiro para alguma causa nobre ou própria. A nossa ex-presidente, por exemplo, está fazendo uma vaquinha para viajar de avião. A diferença entre as vaquinhas que fazíamos na época do colégio é que, naqueles tempos, implorava-se para conseguir uma grana, hoje ela é obrigatória em certas cerimônias da zelite. Casamento, por exemplo. Casamento sem vaquinha é coisa de pobre.

Com as regra rígidas de doações para candidatos nas eleições, que não podem receber dinheiro de pessoas jurídicas, alguns partidos pensaram na vaquinha virtual, ou no modernoso crowdfunding. Mas atenção: a Justiça eleitoral proíbe o financiamento pela multidão, que é como chamam este sistema. Serve para tudo esse tal de crowdfundig. Como o Bombril, tem 1001 utilidades, mais para ser posto em ponta de antena interna de TV e para limpar buracos oxidados de chuveiros, depois de usado. Então já são 1003.

Temos ainda as vaquinhas de presépio, essas ingênuas criaturas. Se preferirem em inglês, são as kitty cows of natitivy scene. Recorde-se que os três reis magos deram ouro, incenso e mirra ao recém-nascido, mas nada para este ruminante. Só podia, claro. Afinal, ela era uma vaquinha de presépio.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »