Velório sem cachaça

14 jun • Caso do DiaNenhum comentário em Velório sem cachaça

Um ditado antigo dos morros cariocas dizia que miséria mesmo era velório sem cachaça. Como nos Estados Unidos, depois que o finado é cremado (na maioria dos casos) a família oferece comes e bebes da melhor qualidade. Faz parte da cultura americana, então nada mais natural que o que é bom para os Estados Unidos seja bom também para o Brasil.

Se eles tem Bourbon (whisky) nós temos a marvada pinga, que, eventualmente, foi a causa da passagem do finado para uma melhor – supostamente, como diria a Zero Hora. Então quando nem mesmo cachaça a família consegue oferecer, é porque o defunto até tem sorte de ser enterrado num caixão.

Estes sombrios pensamentos ocuparam uma parte considerável do meu cérebro, quarto e sala ao ver colegas de profissão vendendo docinhos, tapetinhos, tortinhas ou bordados para conseguir suplementar a renda. Mas nada me preparou para um bico que arrasou meu quarto e sala: colega vendendo lenha.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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