Morte de Cauby
Com a morte de Cauby Peixoto, aos 85 anos, encerra-se uma época dos grandes chansonniers brasileiros. Por uma série de circunstâncias, Cauby era um sujeito notável. Não só pela voz, mas por sua postura de vida. Nunca dizia a palavra “não”, por exemplo, ou dela fugia como o diabo da cruz. Sempre com um sorriso no rosto, era a antítese do pessimista.
Teve altos e baixos na sua careira, e a morte marcou encontro com ele em plena atividade. Cantando desde os anos 1940, explodiu mesmo com Conceição, em 1956, composição de Jair Amorim e Dunga – aliás, esse Jair Amorim merece um livro, de tantas músicas que fez.
Gostava muito do Rio Grande do Sul. Numa dessas baixadas que a vida lhe impôs, foi puxador de samba dos Cobras, um bloco que sempre vencia os desfiles de Carnaval dos anos 1960, em Porto Alegre, como a melhor bateria inclusive de escolas de samba. Na época, o desfile de rua do Carnaval era na Borges de Medeiros, e depois passou para a avenida João Pessoa.
Era um pouco estranha essa excelência dos Cobras, porque o bloco era de São Leopoldo e alguns integrantes da bateria eram de descendência germânica, uma vez, tudo junto incluído.
Curtam Conceição e a maravilha de letra no:
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