Islândia ou a Terra do Gelo? – II

9 dez • ArtigosNenhum comentário em Islândia ou a Terra do Gelo? – II

Se estivéssemos hoje na Islândia, ou seja, já no inverno, que vai de outubro a março, teríamos a oportunidade de admirar a aurora boreal, fenômeno associado ao sol que tinge de verde, roxos, brancos e outros tons, os céus do Círculo Polar. Poderia também, flagrar mais um dos arroubos temperamentais do vulcão Bardarbunga, que em erupção desde agosto, vem expelindo lava, fumaça e cinzas. É possível ver o rio de magma descendo a montanha e que, segundo se prevê, deve continuar por muitos meses.

Isso somado ao fenômeno do sol da meia noite, as cachoeiras imponentes, os gêisers e piscinas termais de cor turquesa que compõem um mosaico de motivos expressivos para você visitar a Islândia, mas não esqueça: no verão, vou repetir: V-E-R-Ã-O.

A cada ano incrementa o número de visitantes – passou de 400 mil em 2008 para 800 mil no ano passado. E vem investindo em novidades. O Ice Cave, conjuntos de bares e restaurantes escavados dentro do Glaciar Langjökull, deve ser inaugurado em maio.

Nos Fiordes Ocidentais, os visitantes poderão viver a incomum experiência de esquiar do topo das íngremes montanhas até a beira do mar. E os novos chalés no Deplar, antiga fazenda de tosa de carneiros, cercada por montanhas de mil metros de altura e convertida em um compacto hotel de luxo. A oferta hoteleira, antes escassa, disparou para 40 estabelecimentos nos últimos anos.

09-12-15A capital, distante três horas de Londres e com 200 mil habitantes, convida a beber e comer – algumas esquisitices, é verdade, como o Roth Sharck, que é o charque deles, só que invés de secado ao sol é congelado no subsolo, pois invés de lençol freático eles tem o permafrost a um metro de profundidade. E mais, carne de baleia, que eu lamento muito, e puffins, que é o que você já viu na ilustração, uma simpática ave migratória que chamam de papagaio-do-mar.

E pode também divertir-se em uma das mais tradicionais atrações islandesas, a Blue Lagoon, que brotou com o acionamento de uma usina geotérmica, de onde afloraram águas quentes, usadas em um spa e relaxamento – a massagem dentro d’água é a mais disputada, dura meia hora. O nome autoexplicativo é mais um dos atrativos para passar o dia ao ar livre, sem frio, ainda que rodeado de neve.

Bem ao lado da lagoa, os intrigantes campos de lava criaram um cenário que remete à superfície lunar e pode ser descoberto de quadriciclo. Outro gigante imprevisível que pode ser admirado e ganhou fama, é o Eyjafjallajökull, vulcão que parou o tráfego aéreo na Europa em 2010, provocando o cancelamento de 104 mil voos. Transformada em centro de visitantes, uma fazenda vizinha exibe filmes e mostra fotos sobre a erupção.
*A Islândia é pequena, mas o texto segue….. se você quiser!

Flávio Del Mese

Flávio Del Mese nasceu em Caxias, mas tem quase certeza que sua cegonha passou a baixa altura e foi abatida. Isso frequentemente acontece com quem voa por lá, sejam sabiás, tucanos, corujas ou bentevis, mas não tem queixas. Foi bem recebido tanto na infância quanto na juventude, assim como em Porto Alegre, onde chegou uns 15 anos depois, já sem cegonha e a cidade o embala com carinho até hoje. E ele sabe do que fala, pois conhece 80% dos países do globo. Na Europa só não esteve na Albânia, da América só não conhece a Venezuela (prevendo quem sabe, que do jeito que vamos, em breve seremos uma Venezuela). Na Ásia, não passou pela Coréia do Norte e pelo Butão, mas à China foi 6 vezes e também 6 vezes esteve na Índia, sendo que uma delas deu a volta no país de trem, num vagão indiano, onde o até hoje, seu amigo Ashley, tinha uma licença para engatar o seu vagão atrás das composições cujos trilhos tivessem a mesma bitola. Sua incrível trajetória de vida é marcada por uma sucessão de acasos que fizeram do antigo piloto da equipe oficial VEMAG (vencedor de 5 edições de Doze Horas), em um dos fotógrafos mais internacionais do Brasil. Tem um acervo de 100 mil fotos- boa parte delas mostradas nos 49 audiovisuais de países que produziu e mostrou no Studio durante 20 anos e que são a principal vitrine do seu trabalho (inclusive o da volta na Índia de trem). Hoje dedica-se a redação e atualização dos Blogs Viajando por viajar e Puxadinho do Del Mese com postagens sete dias por semana.
Extraído de reportagem:
Ademar Vargas de Freitas
Clóvis Ott
Juarez Fonseca
Marco Ribeiro

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