Islândia ou a Terra do Gelo?

2 dez • ArtigosNenhum comentário em Islândia ou a Terra do Gelo?

Islândia a terra do gelo por Flavio Del Mese no blog do Fernando AlbrechtAlgumas manias, ou até obsessões, surgem não sei de onde. Acho que ninguém sabe. O caso Islândia foi assim.
O país que só era conhecido pelos leitores de Júlio Verne (pois ele, lá por 1880, colocara ali a entrada do seu roteiro, pelo centro da terra) e não fosse por “Viagem ao Centro da Terra” poucos de nós conheceríamos a Terra do Gelo (se é terra como poderia ser gelo?) Mas o país é extraordinário, para alguns claro, mas ele e sua genialidade, escreveram sem conhecê-lo e sem muitas informações, e mesmo assim, motivou gerações a irem até lá ou pensarem em ir.
E, aos poucos, comecei a receber sugestões, pedidos até, que escrevesse sobre o país e seus contrastes. O primeiro foi do Kiko Hein, filho do meu amigo Nestor. Já faz mais ou menos um ano. Ele foi e se apaixonou. Além disso, foi na época de um festival de rock; melhor ainda.
Hoje dia 1°, vejo um belo artigo na capa do Caderno de Viagem e foi o suficiente para que a viagem voltasse a minha mente, afinal, eu havia feito um documentário sobre suas diversidades.
As paisagens da Islândia têm atraído estrangeiros também, porque elas passaram a ser mostradas nas telas de cinema. Isso porque, depois de Kreppa, o governo reduziu as taxas cobradas pelas produções cinematográficas e passou a incentivá-las.
Muito do que aparece na tela como território dos Sete Reinos, no continente fictício de Westeros, fica na Islândia. Há locações em pontos menos óbvios, como a porção norte da ilha.
O longa feito em 2014 com Russel Crowe foi quase que inteiramente filmado lá, mas na parte sul, em lugares como Dyrhólaey, Fossvogur e Reynisfjara. A equipe de filmagem enfrentou um mês de chuva intensa, em julho.
Já Batman Beguins, lançado em 2005, conta a história da origem do personagem e teve algumas cenas filmadas no glaciar de Vatnajökull – na ficção e na verdade, a maior massa de gelo da Europa e justamente onde o genial Verne, nascido em 1828, colocou a porta de entrada do seu imortal: Viagem ao Centro da Terra.

Flávio Del Mese

Flávio Del Mese nasceu em Caxias, mas tem quase certeza que sua cegonha passou a baixa altura e foi abatida. Isso frequentemente acontece com quem voa por lá, sejam sabiás, tucanos, corujas ou bentevis, mas não tem queixas. Foi bem recebido tanto na infância quanto na juventude, assim como em Porto Alegre, onde chegou uns 15 anos depois, já sem cegonha e a cidade o embala com carinho até hoje. E ele sabe do que fala, pois conhece 80% dos países do globo. Na Europa só não esteve na Albânia, da América só não conhece a Venezuela (prevendo quem sabe, que do jeito que vamos, em breve seremos uma Venezuela). Na Ásia, não passou pela Coréia do Norte e pelo Butão, mas à China foi 6 vezes e também 6 vezes esteve na Índia, sendo que uma delas deu a volta no país de trem, num vagão indiano, onde o até hoje, seu amigo Ashley, tinha uma licença para engatar o seu vagão atrás das composições cujos trilhos tivessem a mesma bitola. Sua incrível trajetória de vida é marcada por uma sucessão de acasos que fizeram do antigo piloto da equipe oficial VEMAG (vencedor de 5 edições de Doze Horas), em um dos fotógrafos mais internacionais do Brasil. Tem um acervo de 100 mil fotos- boa parte delas mostradas nos 49 audiovisuais de países que produziu e mostrou no Studio durante 20 anos e que são a principal vitrine do seu trabalho (inclusive o da volta na Índia de trem). Hoje dedica-se a redação e atualização dos Blogs Viajando por viajar e Puxadinho do Del Mese com postagens sete dias por semana.
Extraído de reportagem:
Ademar Vargas de Freitas
Clóvis Ott
Juarez Fonseca
Marco Ribeiro

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