O Parque de Yosemite

25 nov • ArtigosNenhum comentário em O Parque de Yosemite

Com seus penhascos e suas sequoias gigantes, o parque nacional chegou aos 4 milhões de visitantes durante o ano, o que no passado significava alguns engarrafamentos. O Yosemite – o mais movimentado dos parques americanos desde 1996 – atinge esse patamar. E agora ninguém mais tem de esperar na fila para entrar e nem dar de cara com os portões fechados.

Os funcionários do parque estão treinados para orientar os motoristas ainda na estrada para buscarem as áreas menos aglomeradas (tem várias entradas). Dizer multidão não é exagero. Este ano, no verão, o público beirou os 3,9 milhões – a maior soma desde o recorde de 4,19 milhões, em 1996 (o Brasil inteiro recebe aproximadamente 5 milhões).

Queridinho dos americanos, o parque de Yosemite reúne tantas belezas naturais que carrega o título de Patrimônio da Humanidade. Desfiladeiros de granito, cachoeiras, sequoias gigantes e rios clarinhos, ocupam a área de 3 mil quilômetros quadrados entre as montanhas da Sierra Nevada.

As atrações mais concorridas se concentram no vale de Yosemite. É lá que está o admirável penhasco de El Capitan e o de Half Dome, ambos de granito e pontos favoritos dos escaladores.

Nas terras mais altas, áreas de prado e impressionante jardim de sequoias, a maior árvore do mundo. Aliás, o parque também pode se gabar de ter a mais alta queda d’água da América do Norte, a Yosemite Falls. Suas águas caem do alto de 740 metros de altura (a altura de Canela ou Gramado até o nível do Atlântico.

Uma das razões de tamanho fluxo de pessoas é que ele está na “rota dos parques”, bastante perto da estrada número 5, e você pode vir do Dead Desert, passar pelos Sequoias Park e seguir pelo Yosemite, e vários outros parques menores, até o insuperável Yellow Stone, neste caso é melhor você adquirir um “Aguia Ticket”, com o qual você poderá entrar em todos os parques americanos por mais 364 dias. Vale a pena.

Outra coisa que vale a pena são uns chassis de caminhão só com a plataforma, e provavelmente poltronas velhas sem qualquer proteção, ele dá voltas pelos lugares mais atraentes. A velocidade é muito baixa, você não precisa guiar e pode olhar tudo tranquilamente e ainda ouvir as explicações do próprio chofer. Imagine que você está num permanente conversível (se chover, me desculpe pela sugestão), com 180° de visibilidade. Jamais seriam autorizados a trafegar no Brasil, mas afirmo que foi o melhor dos passeios que fiz em parques.

Não é nada mais do que um chassi, com motor e para-brisa (imagine um ônibus sem carroceria), não deve ter nem o fantástico extintor de incêndios que exigem aqui (duvido que alguém saiba operá-lo), e também não deve ter o kit de primeiros socorros (outra vigarice que fomos obrigados a assumir e pagar).

Voltando às razões do Yosemite ter tanto público, é que ele é bastante perto de Los Angeles, de São Francisco e de algumas das vinícolas famosas, inclusive a do cineasta Coppola e da – também cineasta – filha, Sofia. No dia que visitei a vinícola, na entrada estavam 7 carros Tucker que Coppola havia usado para produzir o filme sobre a marca.

Flávio Del Mese

Flávio Del Mese nasceu em Caxias, mas tem quase certeza que sua cegonha passou a baixa altura e foi abatida. Isso frequentemente acontece com quem voa por lá, sejam sabiás, tucanos, corujas ou bentevis, mas não tem queixas. Foi bem recebido tanto na infância quanto na juventude, assim como em Porto Alegre, onde chegou uns 15 anos depois, já sem cegonha e a cidade o embala com carinho até hoje. E ele sabe do que fala, pois conhece 80% dos países do globo. Na Europa só não esteve na Albânia, da América só não conhece a Venezuela (prevendo quem sabe, que do jeito que vamos, em breve seremos uma Venezuela). Na Ásia, não passou pela Coréia do Norte e pelo Butão, mas à China foi 6 vezes e também 6 vezes esteve na Índia, sendo que uma delas deu a volta no país de trem, num vagão indiano, onde o até hoje, seu amigo Ashley, tinha uma licença para engatar o seu vagão atrás das composições cujos trilhos tivessem a mesma bitola. Sua incrível trajetória de vida é marcada por uma sucessão de acasos que fizeram do antigo piloto da equipe oficial VEMAG (vencedor de 5 edições de Doze Horas), em um dos fotógrafos mais internacionais do Brasil. Tem um acervo de 100 mil fotos- boa parte delas mostradas nos 49 audiovisuais de países que produziu e mostrou no Studio durante 20 anos e que são a principal vitrine do seu trabalho (inclusive o da volta na Índia de trem). Hoje dedica-se a redação e atualização dos Blogs Viajando por viajar e Puxadinho do Del Mese com postagens sete dias por semana.
Extraído de reportagem:
Ademar Vargas de Freitas
Clóvis Ott
Juarez Fonseca
Marco Ribeiro

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