Óbitos inesquecíveis

27 fev • A Vida como ela foiNenhum comentário em Óbitos inesquecíveis

“…corre que vivemos a era dos sem-vergonhas, em todos os sentidos”

Uma incandescente onda de posts no Face reviveu as glórias da Porto Alegre dos anos 1960 e 1970. É incrível, basta alguém postar alguma coisa sobre bares, restaurantes, Centro, comércio e tipos folclóricos que em seguida vem uma enxurrada de aduções. Claro que de gente que viveu a plenitude daqueles gloriosos tempos. Peguei a década de 1950 como adolescente, mas pelo que li e me contaram também foi uma década esfuziante.

Essa Porto Alegre morreu. Nunca mais. Cada geração tem seus óbitos inesquecíveis e a minha não é exceção. De ouvir falar até gerações mais recentes dizem que gostariam de ter vivido aquela época. Há pouco o jornalista Roberto D’Ávila disse numa entrevista para a ZH que o que mais envelhece é a nostalgia. Não acho. Na minha opinião, olvidar o pretérito no que teve de bom (e ruim) é não encarar a inevitabilidade do tempo. Bom, você tem ou não tem saudade do passado, cada um, cada um.

Quem me lê no www.fernandoalbrecht.com.br conhece as muitas histórias sobre aquelas duas décadas nos mais de oito anos que edito meu site privado. Ouso dizer que muitas delas circulam na web sem mencionar o autor, o comando que vos escreve. Paciência. Eu teria vergonha de publicar um texto que não fosse meu sem citar o autor. Ocorre que vivemos a era dos sem-vergonhas, em todos os sentidos.

Um dos primeiros casos que publiquei levou o título de Código 36. Semana que vem republico.

 

 

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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