Mordida, instituição nacional 

7 dez • Caso do DiaNenhum comentário em Mordida, instituição nacional 

 Se algum dia for feito o histórico de mordidas que se leva de tudo quanto é canto, é preciso separar em dois tempos, o antes e depois de um determinado ponto nos últimos anos, que chamarei marco regulatório. Tirando os mendigos na época, o grosso vinha no período natalino. Depois a instituição de aliviar o bolso alheio prosperou e passou a ser 12 meses por ano, sete dias por semana, e até mesmo fora do horário comercial.

 Nem falo do pessoal mais próximo, faxineira, porteiro, zelador, meio que obrigação, mas a mordida foi se ampliando. Funcionários do estacionamento, frentistas além de perfeitos desconhecidos que juram ter ajudado você com seus serviços.

 Para dizer a verdade, vivo em sobressalto. Não bastasse o flanelinha, o mendigo da esquina, o guri que tenta fazer malabarismo com bolas de borracha, todo mundo quer ver você definitivamente pobre.

 Será que isso também é coisa do Antonio Gramsci?

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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