A crise das tulipas 

26 out • Caso do Dia1 comentário em A crise das tulipas 

 Essas moedas virtuais que andam por aí, bitcoin & Cia., não me despertam confiança. Analistas dizem que ela pode ser uma enorme bolha que pode estourar, mais dia menos dia. Quando você deposita dinheiro em um banco, há garantias, ele está lá, existe fisicamente, e o Banco Central faz de tudo para fiscalizá-lo e até intervir se for o caso, garantindo seu rico dinheirinho.

 Nas virtuais, não existe um banco. Elas estão no espaço, existe e ao mesmo tempo não existe. Não há nenhum “banco” que o garanta se desaparecer o fator comum que deixa as coisas em pé, principalmente a economia: a confiança. Quando ela desaparece, sai da frente.

 A confiança é o xis da questão. Porque se, de repente, um grupo de pessoas achar que as moedas virtuais podem ser uma bolha, então a bolha estoura. Faz lembrar o episódio que passou para a história como a Crise das Tulipas, introduzidas nos Países Baixos no século XVII.

 Estas flores eram muito apreciadas e tiveram grande demanda, fazendo com os preços subissem cada vez mais, então o comércio dos bulbos era o mais rentável do planeta. Com o correr das décadas, elas passaram a valer fortunas, e como hoje no Mercado Futuro, surgiram contratos futuros antes mesmo delas serem plantadas. Vendiam-se propriedades para investir em tulipas. Aí já eram mais contratos que flores.

 Chegou um tempo em que houve perda de confiança. Por que esta flor devia valer uma fortuna? Resumo, quebradeira geral menos para quem investiu nos bulbos quando valiam pouco, esperou a valorização chegar a extremos e então caíram de banda.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to A crise das tulipas 

  1. ari disse:

    é exatamente o que eu venho dizendo

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