As especialistas
Garotas de programa se especializaram em atender homens hospitalizados. Quando escrevi sobre os cabarés e a “zona” das cidades do interior, sempre tive em mente o antigamente, porque de lá para cá mudou muita coisa, em especial a criatividade desse sempre próspero negócio. Como se diz hoje, as garotas e seus agentes agregaram valor ao produto e abriram o mercado a domicílio hospitalar.
Não sei como esse mercado anda hoje, mas, nos anos 1980, elas desenvolveram um sistema de visitar os pacientes nos seus quartos, principalmente em grandes hospitais públicos. Oh, não se assustem, não é coisa de Stephen King, mulheres doidas pulando nas camas e violentando pobres homens imobilizados e respirando por aparelhos. Não, era mais sutil, e muito discreto. Propaganda boca a boca.
O púbico-alvo eram vítimas de traumatismos, engessados e presos por pesos e contrapesos. Não sofriam de enfermidades, apenas se angustiavam por ficar imobilizados. Da necessidade saiu a invenção, transmitida entre os que podiam pagar o serviço especializado.
O mercado era restrito, mas o consumidor era premium e como tal era tratado.