Baile medonho

22 set • Caso do Dia1 comentário em Baile medonho

 O Poder primeiro do Brasil, o Crime S.A., viceja sem parar, e seus tentáculos violentos alcançam até o mais remoto rincão deste desamado Brasil. Iguais a rãs deixados na água fria que esquenta até a fervura, vamos morrendo queimados pelas balas das drogas. A louca humanidade é movida a drogas lícitas e ilícitas. As lícitas, como o tabaco, pararam de crescer em termos, fumar é feio. Mas se drogar é bonito.

 Uma das maiores referências em dependência química no estado, Sérgio de Paula Ramos, diz que em torno de 30% dos usuários de drogas tornam-se efetivamente o que chamamos de viciados. O resto se droga sem essa compulsão, é o usuário “social”. Ou quer dizer que ele é quem alimenta o grosso do tráfico desde a produção até o usuário final.

 Dizem que a linha duríssima contra o tráfico não surte efeito, o que é verdade. Vamos deixar de ser hipócritas, enquanto não endureceram pelo lado dos usuários, esse medonho baile terá cada vez mais bailarinos.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to Baile medonho

  1. Cid Vanderlei Krahn disse:

    Sugiro q o amigo leia o artigo abaixo e veja, ao final, o vídeo duma entrevista do Prêmio Nobel Milton Friedmann, discorrendo sobre as drogas. Não é “textão”, é em quadrinhos.
    https://awebic.com/cultura/guerra-as-drogas-explicada-historia-em-quadrinhos/

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