O riso de Deus
Interessa menos o resultado da votação sobre o acatamento ou não da renúncia contra Michel Temer do que o abissal desinteresse da maioria silenciosa sobre o que se passa no Congresso Nacional. O que lá correu, e corre, merece a atenção apenas de uma pequena parcela da população, o que o deputado Magalhães Pinto chamava de O Grande Diretório Nacional, jornalistas entre outros integrantes.
No mais, o que lá rola merece apenas os comentários usuais em que aparecem expressões focadas em “bando de ladrões” e variações sobre o tema, como se fosse um comentário usual sobre o clima. Por mais que a gente enfatize que, sem política, nenhuma sociedade sobrevive, pelo menos em uma democracia, o povão não está nem aí.
O sentimento geral é de apatia, um conformismo irritado, salvo militantes e sindicalistas fazendo barulho nas ruas em pequena escala, até agora, resta o silêncio. Até quando não se sabe, vai depender da economia e dos pilas no bolso do consumidor. Porém, e sempre tem um, é prudente botar algumas fichas no imponderável. Como diz um provérbio iídiche, o homem planeja e Deus ri.
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